segunda-feira, 3 de junho de 2019

A obra que fica

Na sexta-feira passada, fiz a minha primeira (e até agora única) visita à Feira do Livro. No bolso levava uma lista, mas curiosamente afastei-me dela e deixei-a para segundas núpcias. É que vi em promoção dois livros com os quais andava curiosa e de uma autora que queria conhecer melhor: Agustina Bessa-Luís. Os livros foram A Sibila e Fanny Owen.

Agustina faleceu hoje e os portugueses desfazem-se em mensagens simpáticas por essas redes sociais fora. Que faleceu uma grande escritora, que a cultura ficou mais pobre, que a literatura lhe deve muito. A minha questão é: quantos dos que dizem estas coisas fizeram efectivamente a maior homenagem possível a um autor, lendo o que escreveu? Quantos conseguem chamar os livros de Agustina de obras fundamentais da literatura nacional porque realmente leram algum dos seus livros? E quantos chutam mensagens de pesar só porque é uma moda das redes sociais?

Seja como for, morreu Agustina, mas vivem os seus livros. E a obra é imensa, há muito por onde escolher. Queira-se ler e haverá muitas histórias para conhecer. Vamos, então, a elas, pois mais do que palavras soltas numa rede social, é com leituras que os escritores se homenageiam e se perpetuam. 

1 comentário:

  1. Adorei "A Sibila", o único que li até hoje. Tenho três em espera, "Eugénia e Silvina", "O Manto" e "Fanny Owen".

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