terça-feira, 4 de outubro de 2016

Dia do Animal

Diz-se que há amores que não se explicam. Eu acho que nenhum amor se explica, mais ainda quando é entre humanos e animais. Passei a minha vida quase toda sem saber o que isto era, mas a sonhar com o que poderia ser. Felizmente chegou a altura de ter uns peludos de quatro patas na minha vida e, acreditem, não há dia nenhum em que não me sinta grata por tê-los. Mesmo que me acordem, que me destruam a casa, que façam disparates em cima de disparates, adoro-os e só penso que quero mimá-los todos os dias enquanto os tiver comigo (e oxalá seja por muitos anos).

Os animais dão-nos tanto, tanto, tanto que se só dependesse de mim teria muitos mais. Mas, infelizmente, ainda não fui brindada com o Euromilhões e não vivo numa quinta gigante. No dia em que estas duas condições se cumprirem, aquilo que farei será uma espécie de santuário onde gatos e cães serão reis. Comidinha, água, cuidados médicos e muito amor não faltariam se tal acontecesse. Enfim, dar-lhes-ia tudo o que merecem e merecem muito.

Diariamente sou “brindada” no Facebook com denúncias de maldades feitas a gatos e cães que, infelizmente, não tiveram a sorte de encontrar um dono que os ame. Ontem soube de uma maldade feita a uma gatinha que me deixou agoniada, de lágrimas nos olhos e com um profundo ódio pelas bestas que fazem tais coisas a seres que não conseguem defender-se. Já aqui o disse várias vezes que essa gente merecia que um raio lhe caísse em cima no momento em que provocam deliberadamente dor nos animais. Como o raio divino não cai, as leis dos homens deviam actuar, mas nem isso. E continuamos a ver o “animal racional” a agir muito mais irracionalmente do que os gatos e cães deste mundo. É muito triste e não vejo luz alguma no final deste túnel. São leis de papel e de lá não saem.

O Dia do Animal devia acontecer todos os dias. Cá em casa são todos os dias deles. Ainda antes de eu comer, já eles têm os pratinhos cheios. Antes de eu tomar banho, já a areia deles foi limpa. Todos, como eu, deviam ter a consciência de que eles só nos têm a nós, só dependem de nós. Se eu tiver preguiça de me levantar para o alimentar, é ele que passará fome. Se eu não gosto de uma casa de banho suja, por que hei-de proporcionar-lhe uma areia que nunca é limpa? Se não gosto de água choca, por que motivo haverei de mudar a água deles só de vez em quando? Por isso  e muito mais, hoje devemos todos pensar na forma como podemos melhorar a vida dos nosso bichos e de outros. Devemos pensar no que eles nos dão, que é muito. 

E já agora, o Senhor Gato diz um ensonado “olá”:


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