segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Flashes e favas

Considero, sempre considerei, de extremo mau gosto tirar fotos a alguém que está a comer. Nunca percebi a tara (porque às vezes parece mesmo uma tara) de fotografar alguém quando está de boca cheia e nem sequer pode sorrir sem que apareça uma ponta do farnel a sair pelo sítio errado. É ridículo! Uma pessoa quer comer em paz e vem alguém e pumba!, estraga-nos a refeição com uma fotografia que sabemos desde logo que será horrenda. E depois, como estamos a debater-nos com a comida que temos na boca, nem sequer conseguimos reclamar como deve ser. Ou seja: caca para o negócio, pois nem comemos bem, nem ficamos bem na foto.

Lembrei-me disto porque alguém publicou no facebook as fotos de um jantar de grupo e havia lá uma que até me deixou constrangida. Se eu fosse a retratada obrigaria a que a foto fosse retirada de imediato. Foi tirada naquele preciso momento em que levamos o garfo à boca, mas em que parece que houve  qualquer coisa que ficou no canto da boca e, por isso, estamos a tentar resolver o problema fazendo um esgar que, em fotografia, não favorece ninguém. Mais: a pobre alma ficou curvada, como se o que tivesse caído do garfo pudesse ser apanhado em plena queda. É como vos digo: uma foto horrenda. Infelizmente também tenho muitas dessas e abomino-as todas. Quem quiser deixar-me zangada e, até, faltar-me ao respeito, pode experimentar fotografar-me enquanto como. Honestamente, não consigo conferir qualquer piada a tais retratos, mas parece que há quem leve o "para mais tarde recordar" a estes extremos.

Pobre moça! Mal viu o flash devia ter rachado logo a máquina na cabeça do fotógrafo.

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