domingo, 10 de junho de 2012

Adeus dente

É triste chegar aos vinte e seis anos e meio e ter dentro de mim um dente ansioso por nascer, mas sem espaço para saltar cá para fora. De tempos a tempos o idiota do dente do siso dá sinal de vida: já lhe vejo a parte de cima e posso dizer que é bonito, porém, e correndo o risco de ferir os seus sentimentos, não preciso dele. Na realidade a sua existência tem sido motivo de aborrecimento e dor. Por isso, dente, se lês este blogue, és livre para partir, volta para casa, vai ver os jogos do Euro à Polónia, mas desaparece que já me vai custando a abrir a boca.


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