Parece uma anedota, mas não é. Ora vejam lá a história que me contaram hoje. Passou-se entre uma directora de turma e uma encarregada de educação de um miúdo do terceiro ciclo enquanto conversavam por telefone. O aluno havia faltado a um dos momentos de avaliação e a mãe era contactada para se chegar a um acordo sobre o que fazer em seguida. A dada altura o diálogo torna-se mais ou menos este:
D.T. - Olhe que o J. não veio fazer o teste e nós marcámos uma outra prova de substituição, como sabe. A professora estava cá, mas ele não apareceu.
Mãe - Ai apareceu sim, que ele foi aí e os colegas todos dizem que ele foi. A professora é que não estava!
D.T. - Desculpe, mas a professora estava cá. E eu falei com o seu filho e ele foi extremamente mal educado comigo, além de que estava com os olhos brilhantes por ter andado a fumar aquelas coisas que bem sabemos.
Mãe - Estamos a falar da educação do meu filho e não dos olhos dele.
D.T. - Pois, mas um jovem quando esta «charrado» não pode fazer um bom trabalho na escola.
Mãe - Olhe, desculpe, mas eu também fumei charros quando era nova e licenciei-me.
E pronto, foi isto. Parece-me que há pais que, na ânsia de passarem a mão pelo pelinho dos meninos, não vêem os disparates que dizem e fazem, nem o perigo que os miúdos correm. Não sei onde se pretende chegar com esta atitude que tudo desculpabiliza, em que nada é errado e em que tudo «faz parte». Não sei que ensinamentos terá esta senhora para dar ao filho, mas se calhar a directora de turma ficou agora a perceber muito melhor o pouco empenho e educação do aluno. Com uma mãe assim, como poderia ser de outra forma?...
Noto que ou a "mãe" não se interessa pela vida do filho ou pelo que ele faz ou acredita piamente no que o filho diz. Às vezes só me lembro da educação dada pelos antigos e vejo que os desse tempo não cresceram assim tão mal.
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