sábado, 7 de outubro de 2017

O roubo do tempo

Ultimamente tenho recordado muito as palavras de um dos melhores professores que tive na Universidade. Dizia ele que nos zangamos com quem nos rouba o dinheiro, mas que não nos inquietamos com quem nos rouba o tempo. Cada vez mais penso que o acto de nos fazer perder tempo em vão devia mesmo zangar-nos e devíamos impedir que tal acontecesse. 

Além disso, devemos zangar-nos com quem julga que pode pôr e dispor do nosso tempo. Quem, para servir os seu próprios interesses, quer submeter-nos a situações que nos roubam horas de tempo de qualidade, quando poderíamos fazer exactamente a mesma coisa noutras horas mortas. Quando digo que devíamos zangar-nos, quero na realidade dizer que devíamos impedir tais abusos, precaver-nos, defender-nos deles e não, para "fazer o jeitinho", aceitar cegamente tudo o que querem que façamos. 

É que o professor tinha razão. Ninguém nos devolve o tempo que se vai, que se perde, que se gasta e nos desgasta quando não o usamos com lógica. Roubar-nos tempo é grave e a verdade é que quanto mais ele passa, mais grave isso se torna. 

1 comentário:

  1. Cada vez menos permito que me roubem tempo.
    É inadmissível e revelador de quem o faz conscientemente.

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