Existem dois tipos de portugueses: os que consideram tudo uma “perda de tempo” e os que acham que é uma “perca de tempo”.
Amigos, a derivação não afixal é um processo de formação de palavras que consiste na transformação de um verbo num nome através da queda da desinência verbal e da inserção de uma terminação nominal. Assim, por exemplo, “vender” passa a “venda”; “cortar” transforma-se em “corte” e “perder” passa a “perda”.
Deste modo, como raio pode haver quem ache que “perca” é um nome derivado de “perder”??? “Perca”, senhores que nomeiam peixes a toda a hora, é o Presente do Conjuntivo do verbo “perder” na primeira e na terceira pessoas do singular. Ah, e como referi, é um peixe... Mas não me parece que seja bem do peixe que queiram falar.
Eu nunca ouvi "perca" :o a sério que dizem isso?
ResponderEliminarBeijinhos,
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A sério? É um dos erros mais comuns. Conheci uma professora de primeiro ciclo que era também directora pedagógica de um colégio que dizia sempre que qualquer coisa era “uma perca de tempo”. Dizia-o em frente a alunos, pais, professores... E a determinada altura tirou um mestrado que lhe permitia ensinar Português ao 2.º ciclo e continuou com o mesmo erro. Imagina só...
EliminarEsse dói muito.
ResponderEliminarUltimamente tenho notado que muitas pessoas dizem houveram (no sentido de existir) em vez de houve. Cada vez que oiço isto dá-me uma pontada no coração.
Dói mesmo. E sim, o verbo “haver” com sentido de “existir” é outro que provoca os maiores disparates. É uma pena que tratem tão mal a nossa língua. :(
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