sábado, 26 de março de 2016

Tristezas online

Palavra que já vou ponderando em acabar com a minha conta no Facebook. Eu já não gosto muito de redes sociais, mas nos últimos tempos tenho ponderado mesmo eliminar a única a que até hoje aderi. Ou tenho o feed cheio de notícias tristes, ou de animais maltratados, ou de gente a pedir dinheiro para tudo e mais alguma coisa, ou com ofertas de empréstimos que cheiram pior que cocó de gato, ou frases e imagens idiotas supostamente inspiradoras, ou anúncios de venda disto e daquilo... Antes ia ao Facebook para me distrair um bocadinho, ler umas coisas e ocupar um bocadinho do meu tempo. Agora vou para ficar deprimida. 

Não lhe tiro importância. Sei que o Facebook dá voz e visibilidade a muitas pessoas e instituições que de outro modo não seriam ouvidas nem vistas. Sei, também, que chega tão longe que é inevitável que não tente mostrar os maus exemplos, comover-nos para que sejamos diferentes e melhores... Mas palavra de honra: nos últimos dias tem sido de mais. Bem sei que houve atentados e outras desgraças, mas o que aparece no Facebook vai muito além dessas grandes dores. Não sei, posso estar a ser curta de vistas, muito tacanha, mas num mundo onde tudo é já tão feio, de onde apetece fugir, devia haver um reduto, um cantinho onde os animais não aparecessem apenas para mostrar quão mal os tratamos, onde as notícias não fossem apenas as piores, onde as frases não fossem apenas pseudo-profundas e com referências a dores várias... É tudo demasiado mau para que as futilidades ainda sejam quase só isso.

3 comentários:

  1. Deves ter escolhido mal os 'amigos', ahahah, o meu feed é muito mais divertido. (brincadeirinha!)

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  2. Eu cá uso o facebook quase só para ver notícias, para falar no chat com os meus amigos e promover o blog. Pouco ligo às publicações "generalistas". Especialmente aquela com frase muuuuuito inspiradoras, mas publicadas com pessoas com "telhados de vidro" (muita parra, pouca uva...).
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