Ela lá veio. Era muito pequenina e, embora mais velha do que o Sr. Gato era quando veio viver connosco, conseguia ser ainda mais pequenina que ele nessa altura. Teve de ser bem protegida nos primeiros dias, enquanto o grandalhão não se habituou a ela. A primeira noite passou-a numa caminha improvisada debaixo da minha mesinha de cabeceira, com os acessos devitamente vedados para que o Sr. Gato não pudesse chegar-lhe. E assim dormiu. Eu é que mal preguei olho nessa noite porque sabia-a tão pequenina que temia que precisasse de alguma coisa, que se visse em situação complicada com o Sr. Gato durante noite. Ele não queria fazer-lhe mal, mas também não sabia brincar com ela, pois estivera durante um ano e meio apenas com seres humanos (eu era o que de mais parecido com um gato ele tinha). Enfim, o tempo foi passando, mas o que sentia por ela era estranho, nada parecido com o que acontecera com o Sr. Gato. Ele era o MEU gatarrão, o bichano que me seguira para todo o lado durante um ano e meio, era o meu companheiro peludo, lindo, lindo, lindo. Cada vez mais lindo.
Mas eis que a Lady Gatinha chegou aos seis meses de vida e aos quatro meses connosco. Já não saberia viver sem ela, aliás, sem esta dupla de terroristas que continua a acordar-me quase de madrugada porque quer brincadeira. Hoje já tenho muitas histórias (e disparates) protagonizados pela felinita mais louca que o mundo já viu. Ela também já dormiu ao meu lado, já me amassou a barriga enquanto ronronava, já correu para mim, já me roubou coisas (é uma pequena ladra!)... Ainda que não tenha a imponência do Sr. Gato, tem uma meiguice nos olhos que derrete qualquer um. Por isso agora a vida ainda tem mais piada: tenho dois morceguinhos que são chatos e destruidores como tudo, mas que são os melhores amigos peludos que poderia ter.
Não tenho gatinhos, mas bem que gostava de ter. Infelizmente, ainda não tenho condições para um ou dois gatinhos, mas espero vir a ter num futuro mais ou menos próximo, e ter todas essas histórias para contar =)
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Ter estes dois totós foi o que de melhor podia ter feito. São grandes companheiros e um manancial de histórias para contar. Os animais domésticos, quando são bem cuidados e levados a sério, não saem baratos, mas valem cada cêntimo porque (é frase batida, mas é verdade) dão-nos em troca tantas coisas boas que compensam bem o que com eles gastamos.
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