sábado, 17 de outubro de 2015

Quase me esquecia!

Quase me esquecia... Com que então a maldita “prova dos professores” foi considerada inconstitucional pelo Tribunal Constitucional?! Que espanto!!! Então, Dr. Nuno Crato? Que aconteceu às suas certezas de que a prova era a coisa mais certa a fazer para garantir a qualidade de ensino? E agora, vai reembolsar os desgraçados que se sujeitaram a realizá-la e que pagaram para isso? E vai trazer de volta os anos em que os que não a fizeram porque ainda têm orgulho, mesmo no âmbito de uma profissão que é humilhada todos os dias, estiveram afastados da profissão para a qual passaram ANOS  a preparar-se no ensino superior (muitas vezes no ensino superior público, como é o meu caso)? E devolve os anos perdidos pelos que fizeram a prova e reprovaram porque aquilo está feito para poder-se apregoar ao mundo que os docentes que reprovam não estão preparados para ensinar no maravilhoso sistema de ensino português, quando a verdade é que a prova não tem jeito nenhum e exige aos docentes competências que eles não têm de ter para leccionar as suas disciplinas?

Mas vá, são demasiadas perguntas para alguém que deve estar ocupadíssimo a preparar uma nova forma de afastar da profissão os docentes que foram formados ao longo de anos nas universidades, que muitas vezes o fizeram com excelentes classificações, mas que ainda assim devem depender de uma porcaria de um exame ou congénere para poderem exercer a profissão para a qual, perdoem a redundância, se profissionalizaram (e repito para que não se esqueça: em estabelecimentos de ensino sob a alçada, imagine-se, do Dr. Nuno Crato)...

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