Na minha opinião, a desculpa do tempo não passa disso mesmo: de uma desculpa. Geralmente pergunto a essas pessoas se vêem televisão e muito frequentemente a resposta é afirmativa. Então se à noite há tempo para a novelita, não há tempo para o livrito? Pois, são prioridades.
Mas, enfim, chegámos à tão desejada época de ler até cair para o lado. Pela minha parte, as férias apanharam-me na segunda metade de O Primo Basílio, do Eça, e já o terminei. Aliás, a quem a inda não o leu, aconselho-o vivamente porque as falas brejeiras da criada Juliana são de morrer. Às tantas nem sabia quem me enervava mais: se a parva da Luíza que caminhava linda e despreocupadamente para a ratoeira ou se a criada que destilava veneno pelos porinhos todos. Admito que foi um livro viciante (e raramente encontro um que me custe mesmo pousar). Mas também, o nosso Eça de Queirós nunca desilude.
Agora, depois de muito procurar e de ter pegado num ou dois livros que foram pousados logo a seguir, o senhor que se segue é o espanhol Arturo Pérez-Reverte com o seu A Tábua de Flandres. Parece-me jeitoso para estes dias longos sem obrigações (a não ser a da pilha da roupa para passar que não pára de aumentar). Será a primeira leitura mesmo de férias. Yupi!
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