segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Tábua de Flandres - o balanço

Bom, é verdade que para quem quer entreter-se com uma boa história, bem construída e carregadinha de curiosidades que provavelmente desconhecemos, os livros do espanhol Arturo Pérez-Reverte raramente desiludem. E a prová-lo está este A Tábua de Flandres que, partindo de uma pintura do século XV, desenrola a acção em torno de uma perigosa partida de xadrez que traz consequências brutais às vidas dos que nela participam. Há um mistério para resolver no próprio quadro, mas nada ao estilo O Código da Vinci. Aqui tem mais que ver com o quadro (a arte) enquanto testemunho duradouro (mesmo eterno). 

O livro não é, de forma alguma, uma obra de arte. E para quem aprecia o xadrez é mesmo capaz de ser bastante interessante. Em determinado momento só queremos saber quem é a personagem responsável por tudo o que de estranho e cruel vai sucedendo. Ao mesmo tempo, seguimos o raciocínio de um mestre do xadrez, chamado para ajudar a resolver a questão. É um bom livro para o Verão, mas não é a melhor leitura do universo. Do Reverte gosto mesmo é da série de sete livros de aventuras de capa e espada sobre o Capitão Alatriste. Ainda assim, gostei de conhecer esta história e, admito, as últimas quarenta páginas foram lidas mais depressa para descobrir quem era, afinal, o temível vilão. 

Agora segue-se a próxima leitura de Verão...

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