segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ainda as redes sociais...

Há uns dias vi que uma pessoa havia colocado no seu facebook uma fotografia de si própria assinando um documento. Assim de repente parece não ter mal nenhum. E não teria se não se desse o caso de bastar um clique na foto para, em qualquer computador, smartphone ou tablet ficarmos com acesso ao que estava escrito no documento que a mãozinha delicadamente assinava. E o que constava da folha? Entre outras coisas, a morada do anjinho que achou que aquilo merecia ir para a internet.
 
Enfim, são escolhas. Há quem escolha viver numa espécie de «Big Brother» autorizado e apreciado e há quem não veja utilidade nisso. Muito sinceramente, se já acho muito do que se disponibiliza no facebook uma estopada de primeira, fotografar documentos com dados pessoais só para registar o momento em que se oficializa qualquer coisa é o cúmulo da feira de horrores em que as redes sociais se tornaram. Este mundo é todo muito giro e aliciante: é natural que, de repente, todos queiramos ser um bocadinho «as estrelas do pedaço» e que, assim, acabemos a expor aquilo que outrora nem sequer merecia uma olhadela. Até eu, que não tenho nada de interessante para dizer ao mundo, tenho não um, mas dois blogues! É difícil fugir destas novidades todas, deste voyeurismo constante em que sabemos tudo de todos, desde as informações mais básicas e inocentes (ou não), até àquelas que antigamente reservávamos apenas a alguns privilegiados com quem nos déssemos bem. Mas importa tentar, sob pena de, daqui a pouco, todo o mundo (com tudo o que isso implica) conseguir seguir o nosso rasto e fazer com isso o que bem (ou mal) entender.

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