sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Das selfies outra vez

E isto sintetiza o que acho das selfies:


O cartoon é de Alberto Montt e está no link que se segue: 

http://www.dosisdiarias.com/2014/08/193.html

Ele há coisas do demónio II

Ainda a propósito das palavras de Duarte Sousa Lara à "Revista" do Expresso a 26 de Julho:


Gostei tanto, mas tanto deste parágrafo que achei que devia partilhá-lo convosco (embora seja um parágrafo com mais de um mês...). Portanto: teve uma boa vida, graças a Deus, e o pai até "tratou de [me] arranjar um lugar na administração de um banco". Ai que agora fazia aqui uma piada tão boa. Mas vá, vocês pensarão o mesmo que eu e chegarão lá.

Gosto também bastante das últimas frases. Sabendo da história do pai deste senhor padre com o escritor José Saramago isto torna-se tão, mas tão engraçado...

Ele há coisas do demónio...

Não. A sério?! Tenho mesmo de deixar de ler revistas atrasadas. Então não é que só agora fiquei a saber que o Sr. António Sousa Lara, antigo subsecretário de Estado da Cultura de Cavaco Silva e o famoso responsável pela escandaleira com José Saramago devido ao livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo (trapalhada que ajudou a empurrar o nosso Nobel para fora de Portugal), tem um filho que é "um dos poucos padres exorcistas autorizados por um bispo em Portugal"?! Estou finalmente a ler a "Revista" do Expresso de 26 de Julho (eu disse que ando sempre com tudo atrasado) e deparo-me com este facto hilariante. Como pude andar mais de um mês sem dar a gostosa gargalhada que agora soltei?! Como?!

Portanto, recapitulemos: o pai condena uma obra que, acha ele, atenta contra os valores católicos do país, obra essa que, só por acaso, é da autoria de um dos nossos grandes (como o Nobel, em 1998, veio ajudar a demonstrar) que, por ser muito maior que a pequenez de alguns, acaba por ir viver para o país vizinho, onde não é vítima de censurazinhas púdicas, e o filho, hoje com trinta e oito anos, pratica exorcismos, isto é, vive a expulsar demónios. Está certo. Saramago não deixaria de achar uma certa piada...

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A Menina Quer Isto L


A menina, como anda com a leitura dos periódicos que compra sempre em atraso, só soube hoje por um suplemento do Expresso já de há algum tempo, da existência deste livro de António Mega Ferreira. 

Como fanática por clássicos e cânones e pelo rumo que uma obra percorre até chegar a um cânone, este livro não pode passar-me ao lado por muito mais tempo. António Mega Ferreira é, além disso, um amador do Quixote, livro que me aquece profundamente o coração. E por já o ter ouvido falar sobre a obra maior de Cervantes, gostava de saber o que tem para dizer sobre clássicos como A Montanha Mágica, A Ilha do Tesouro, Ilusões Perdidas ou o Livro do Desassossego. Vou, por isso, deixar este no topo da lista dos "Tenho-de-ter-senão-rebento-isto-tudo".

Nota: A foto saiu da página da Wook. A propósito, na última encomenda, a Wook ofereceu-me a última edição da revista Happy. Não desfazendo de quem gosta de a ler, e agradecendo a atençãozinha que foi o envio gratuito da revista, se não for pedir muito, da próxima vez enviem-me a Ler ou a Visão. Prefiro. Folheei a Happy e já está no ecoponto. Decididamente, aquela não é a minha praia.

Para esperto, esperto e meio

É um facto que os gatos são pouco dados a beber água e que, por isso, de vez em quando, vêm de lá uns trangomangos nos rins. Ora, aqui o Sr. Gato tem dias de tudo: momentos há em que parece um cão sedento depois de atravessar um deserto e outros em que julga que é um cacto e que contém em si água suficiente para vários meses. 

E o que isto me dava cabo dos nervos?!

Pois bem, no outro dia o meu moço, sem querer, deixou cair umas gotas de água na ração seca dele (do Sr. Gato, bem entendido, que o moço não é dado a rações). E o que fez o bichano? Lambeu aquela água toda e ainda comeu a ração húmida que por lá tinha ficado. Eureka! Se juntarmos um pouco de água àquela ração sequíssima (mas ultra-cara e ultra fashion) que ele come, o tipo julga que aquilo é uma espécie de molho e debulha aquilo tudo. Aplausos!

Portanto agora há um comedouro ao lado do verdadeiro comedouro no qual, ups, caem umas quantas gotas de água por dia. Provavelmente o resto do mundo já sabia deste truque, mas nós somos uns cientistas e gostamos destas experiências não planeadas. 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Se o Paraíso existir mesmo...

...consistirá numa gigantesca tigela de gelado de dulce de leche, da Häagen-Dazs. E eu, que não sei nadar, mergulharei mesmo assim nessa tigela e depois lamber-me-ei, qual gato com calor. Ou então, pegarei numa colher igualmente gigantesca e debulharei todo o gelado que conseguir. E é isto.

Por agora, fico-me por este copinho de 500 ml.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Hip hip hurra!

E pronto: serve a presente quixotada para informar que a partir de hoje sou oficialmente (e novamente) aluna do ensino superior público português. Venham de lá os livros, os cadernos (sem ser eu a corrigi-los) e as notas (sem ser eu a dá-las). Venha de lá mais qualquer coisa para rechear esta cabeça que anda a precisar de ocupar-se com mais do que o Português que ensina aos "piquenos". Venha de lá muito esforço para, quem sabe um dia, enveredar por outras saídas profissionais. Venha de lá tudo o que for para mim.


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A Menina Sugere Isto n.º já não me lembro


Se ainda não visitaram a exposição "Visitação" na Igreja de São Roque, em Lisboa, visitem. Fui lá hoje (esta exposição é gratuita, a propósito) e é extraordinária. O tema é a memória e, tratanto-se de uma instituição tão antiga quanto a Santa Casa da Misericórdia, é realmente adequado falar-se de memórias. Se puderem, façam a visita guiada. Aprendi muitos factos de que não fazia ideia sobre as crianças expostas, sobre os muitos domínios alcançados pela Santa Casa e sobre a associação do jogo (algo sempre considerado "imoral") e as actividades de caridade da instituição fundada por D. Leonor.

Julgo que a exposição continuará por lá até ao dia 2 de Novembro deste ano. Passem por lá e, depois de verem a lindíssima Igreja de São Roque, façam esta visita. Vale bem a pena.

http://www.museudesaoroque.com/pt/home/exposicao-temporaria.aspx

Nota: A imagem foi retirada do link que deixei acima e é a imagem desta exposição temporária. Ao fazerem a visita, perceberão o seu significado. Garanto que não ficarão indiferentes. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Uma bonita coincidência

Hoje, enquanto fazia compras no Continente da Amadora, parei num dos corredores a praguejar sobre o facto de tardar pouco para já não ter dinheiro nem para levar o gato ao veterinário. Nesse momento recebo uma mirada esquisita do meu moço, que me mandava olhar para o lado. E o que estava ao meu lado, perguntais vós. Pois eu digo: ao meu lado estava nada mais, nada menos do que o nosso mui distinto Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho. Irónico, não?

Pois que o senhor foi às compras, acompanhado dos seus seguranças (que o seguiam um pouco mais atrás). Podia ter aproveitado o momento para falar-lhe do absurdo de IRS que me levam todos os meses ou mesmo da Segurança Social que me papa uma gorda fatia do salário e da qual usufruo pouco, já que até para conseguir uma reles consulta são necessários meses e meses. Mas vá, escolhi deixar o senhor sossegado a escatrafulhar as prateleiras e a aproveitar as promoções que isto a vida não está fácil para ninguém, não é verdade?

O fim do fim

Os que não entendem por que motivo deve estudar-se a língua que falamos e que escrevemos observem a seguinte frase retirada do Diário de Notícias, de uma notícia sobre a série Downton Abbey, e depois digam-me qualquer coisa, sim?

"O fim da aristocracia inglesa como foi sendo retratada na série chega ao fim, garantiu o produtor, Gareth Neame."

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ainda as redes sociais...

Há uns dias vi que uma pessoa havia colocado no seu facebook uma fotografia de si própria assinando um documento. Assim de repente parece não ter mal nenhum. E não teria se não se desse o caso de bastar um clique na foto para, em qualquer computador, smartphone ou tablet ficarmos com acesso ao que estava escrito no documento que a mãozinha delicadamente assinava. E o que constava da folha? Entre outras coisas, a morada do anjinho que achou que aquilo merecia ir para a internet.
 
Enfim, são escolhas. Há quem escolha viver numa espécie de «Big Brother» autorizado e apreciado e há quem não veja utilidade nisso. Muito sinceramente, se já acho muito do que se disponibiliza no facebook uma estopada de primeira, fotografar documentos com dados pessoais só para registar o momento em que se oficializa qualquer coisa é o cúmulo da feira de horrores em que as redes sociais se tornaram. Este mundo é todo muito giro e aliciante: é natural que, de repente, todos queiramos ser um bocadinho «as estrelas do pedaço» e que, assim, acabemos a expor aquilo que outrora nem sequer merecia uma olhadela. Até eu, que não tenho nada de interessante para dizer ao mundo, tenho não um, mas dois blogues! É difícil fugir destas novidades todas, deste voyeurismo constante em que sabemos tudo de todos, desde as informações mais básicas e inocentes (ou não), até àquelas que antigamente reservávamos apenas a alguns privilegiados com quem nos déssemos bem. Mas importa tentar, sob pena de, daqui a pouco, todo o mundo (com tudo o que isso implica) conseguir seguir o nosso rasto e fazer com isso o que bem (ou mal) entender.

domingo, 17 de agosto de 2014

Presente de Verão

De mim para mim, com reconhecimento pela paciência que eu própria tenho em aturar-me. 


Nota: Abençoada feira de Belém e abençoadas as suas antiguidades. 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

As 'selfies'

Bem sei, bem sei: o assunto já não é de hoje e, por isso, nada de interessante ou de novo chegará nesta quixotada. É verdade, mas é inegável que se as "selfies" andam por aí há demasiado tempo para serem novidade, também continuam a ser assunto do dia e a sofrer evoluções. Que o digam as belas das "belfies", nas quais alguém fotografa o próprio rabiosque...

Mas então, por que me lembrei eu disto? Por causa do artigo da revista Visão desta semana intitulado "Somos todos a 'Geração Selfie'", da autoria de Cécile Deffontaines. O primeiro parágrafo é, desde logo, tão assustador que não resisti a deixar-vo-lo.


Conheço algumas pessoas que, no Facebook, quase só colocam "selfies", nas quais exibem rostos mais ou menos profundos, raramente sorridentes, quase a deixar a ideia do "olha para mim tão melancólica e pensativa...". Já há muito tempo, muito antes de ver o programa "Toda a Verdade" sobre redes sociais que passou esta semana e muito antes de ler este artigo, que acho que esta necessidade de se mostrar, de exibir o rosto ou o corpo ao próximo, seja ele um conhecido ou um estranho, corresponderá a um distúrbio qualquer. Quando alguém tem duzentas ou até mais fotografias de si próprio, quase todas de bracinho esticado e, em vez de guardá-las para si, as publica para que outros as vejam, julgando que o seu perfil direito ou esquerdo interessa muito ao resto da humanidade, algo não deve estar bem. Mas, enfim, aqui entra a tal cultura do "eu" de que fala a autora do artigo da Visão. Há uma geração (não será, aliás, apenas uma...) que anda a ser educada com a ideia de que EU sou bom, EU posso tudo, EU tenho de adorar-me e, já agora, de ser adorado porque EU sou, de facto, espectacular. Sim, é assim que muita, muita, muita gente educa os filhos e sim, é assim que eles nos aparecem na escola. É sobre isto que fala Cécile Deffontaines na Visão. E sobre o enorme narcisismo dos adolescentes que, já de si sempre narcisistas, vêem essa veiazita exacerbada pelo culto do "eu" sob o qual são adorados desde pequenos. E se vos aconselho a que comprem a Visão, também vos sugiro que vejam o "Toda a Verdade" que passou na Sic Notícias na noite de quarta para quinta-feira à uma hora da manhã. É sobre redes sociais, sobre gente que já não sabe viver sem mostrar uma personagem feita de uma parte de si próprio ao resto do mundo, sobre pessoas que não vêem qualquer maldade no mundo da internet e que esquecem frequentemente o facto de que uma vez na internet, para sempre na internet, seja isso uma "selfie", um "tweet" ou uma quixotada. Comprem a Visão e vejam o programa: ambos são bastante inquietantes, mas, ao mesmo tempo, muito esclarecedores.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Falha resolvida

Hoje, na volta do correio, resolveu-se uma falha frave na biblioteca cá de casa. Chegou o tão esperado Cervantes e veio a preço de saldo devido ao PPL acumulado na Wook. Sê bem-vindo, pequenito: mi casa, tu casa.


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Leituras de Verão II

O senhor que se segue a A Tábua de Flandres é Tom Jones, de Henry Fielding. Já tinha começado a ler este livro há um ano ou dois, mas devido ao muito trabalho que tinha na altura, tive de abandoná-lo na página cinquenta e trocá-lo por um mais pequeno e simples. Volto agora a ele e vou gostando do que leio, já que este é um autor capaz de escrever com recurso ao humor e que se dirige directamente ao leitor, numa constante interacção que vai beber a fontes de que gosto muito (como o Quixote), mas que também nos ajuda a entrar na própria história. 

A edição que tenho é portuguesa, mas saiu com um jornal há uns anos. Em português não conheço nenhuma outra edição. Deixo-vos a capa do clássico da Penguin. Quando terminar, dou notícias.


A Tábua de Flandres - o balanço

Bom, é verdade que para quem quer entreter-se com uma boa história, bem construída e carregadinha de curiosidades que provavelmente desconhecemos, os livros do espanhol Arturo Pérez-Reverte raramente desiludem. E a prová-lo está este A Tábua de Flandres que, partindo de uma pintura do século XV, desenrola a acção em torno de uma perigosa partida de xadrez que traz consequências brutais às vidas dos que nela participam. Há um mistério para resolver no próprio quadro, mas nada ao estilo O Código da Vinci. Aqui tem mais que ver com o quadro (a arte) enquanto testemunho duradouro (mesmo eterno). 

O livro não é, de forma alguma, uma obra de arte. E para quem aprecia o xadrez é mesmo capaz de ser bastante interessante. Em determinado momento só queremos saber quem é a personagem responsável por tudo o que de estranho e cruel vai sucedendo. Ao mesmo tempo, seguimos o raciocínio de um mestre do xadrez, chamado para ajudar a resolver a questão. É um bom livro para o Verão, mas não é a melhor leitura do universo. Do Reverte gosto mesmo é da série de sete livros de aventuras de capa e espada sobre o Capitão Alatriste. Ainda assim, gostei de conhecer esta história e, admito, as últimas quarenta páginas foram lidas mais depressa para descobrir quem era, afinal, o temível vilão. 

Agora segue-se a próxima leitura de Verão...

domingo, 10 de agosto de 2014

E é isto...

Este ano decidi comprar umas sandálias Havaianas. Já há uns anos tinha experimentado umas, mas tinham um fechozinho de lado que me enervava e, por isso, acabei por esquecer-me dessa ideia. Mas agora (e já há bastante tempo) encontram-se sandálias sem fecho dessa mesma marca aos pontapés, por isso voltei a tentar. 

Ora, logo no início das férias, comecei a procurar umas sandálias destas. Procurei, procurei, procurei, procurei e nada. Juro! Tudo o que me aparecia era em tamanhos obscenamente grandes. Andava com o dinheiro na carteira destinadinho às malfadadas sandálias, contudo, e depois de correr lojas e lojas e lojas, desisti e gastei-o em dois pares de sabrinas da Seaside. Aos poucos, a ideia das sandálias Havaianas desvanecia-se. 

Hoje, depois de uma ida ao Ikea, o moço quis passar na Decatlon. Bem, vamos lá comprar coisas para a tua bicicleta e nhanhanha que eu não quero nada e tal... Ora, depois de tempos infindos de procura, depois de ter gasto o dinheiro que tinha destinado no início do mês às p**** das Havaianas, eis que aparecem umas douradas EXACTAMENTE DO MEU TAMANHO! Corri o mundo a palavrões, claro, e depois de o fazer, experimentei-as e comprei-as. A Lei de Murphy é lixada, meus amigos. Lixadíssima!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Leituras de Verão I

Usualmente, muitas pessoas tendem a achar que devem desculpar-se comigo por não lerem. Chego a sentir-me uma espécie de Dom Quixote da leitura: defendo-a de tal modo que muitos começam a julgar ser necessário justificar-me a razão que os leva a ler pouco ou, mais amiúde, nada. Ora, neste processo, uma das desculpas que mais ouço é mesmo a da falta de tempo. É perfeitamente compreensível que no meio da loucura de um ano inteiro de trabalho e de stress sobre pouco tempo para parar, quanto mais para parar para ler (que cacofonia que para aqui vai). Assim, a muitos restam as férias (que é logo o que acrescentam a seguir a dizerem que não têm tempo disponível) para pôr minimamente as leituras em dia. Se depois o cumprem ou não é que tenho dúvidas.

Na minha opinião, a desculpa do tempo não passa disso mesmo: de uma desculpa. Geralmente pergunto a essas pessoas se vêem televisão e muito frequentemente a resposta é afirmativa. Então se à noite há tempo para a novelita, não há tempo para o livrito? Pois, são prioridades. 

Mas, enfim, chegámos à tão desejada época de ler até cair para o lado. Pela minha parte, as férias apanharam-me na segunda metade de O Primo Basílio, do Eça, e já o terminei. Aliás, a quem a inda não o leu, aconselho-o vivamente porque as falas brejeiras da criada Juliana são de morrer. Às tantas nem sabia quem me enervava mais: se a parva da Luíza que caminhava linda e despreocupadamente para a ratoeira ou se a criada que destilava veneno pelos porinhos todos. Admito que foi um livro viciante (e raramente encontro um que me custe mesmo pousar). Mas também, o nosso Eça de Queirós nunca desilude.

Agora, depois de muito procurar e de ter pegado num ou dois livros que foram pousados logo a seguir, o senhor que se segue é o espanhol Arturo Pérez-Reverte com o seu A Tábua de Flandres. Parece-me jeitoso para estes dias longos sem obrigações (a não ser a da pilha da roupa para passar que não pára de aumentar). Será a primeira leitura mesmo de férias. Yupi!



Notinha: As imagens saíram, como bem se vê, da página da Wook.

Todos os (maus) nomes

"Banco Mau" com 'cacas', "Banco Bom" com coisinhas novas e agora também com um nome espectacular: "Novo Banco". 

Pergunto-me se foi feito um inquérito às crianças do bairro para arranjar estas designações tão boas...

domingo, 3 de agosto de 2014

Júri

Tenho a impressão de que a Alexandra Lencastre só não esteve no júri das minhas provas de mestrado. De resto, tem sido júri em todo o lado. Devo sentir-me rejeitada?

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A minha vida dava uma BD


Desde Dezembro do ano passado, mas principalmente nos últimos três ou quatro meses, que sinto que esta é a ilustração da minha vida. A partir do momento em que o Sr. Gato veio viver cá para casa, os minutos do meu dia que passo em casa dividem-se entre festinhas e ronrons por um lado e ataques e emboscadas por outro. No fundo, sinto-me uma espécie de Calvin que tem de saber viver com o estado selvagem do seu Hobbes. Aliás, já me alertaram para o facto de não ter um bosques da noruega, mas sim um lince. Por vezes acho que tenho um peluchinho fofinho, porém na maioria das vezes julgo que tenho em casa um tigre sanguinário.

O que acontece é que o Sr. Gato olha para mim (e apenas para mim) como se eu fosse um gato como ele. Sim, ele quer dar-me as "tareias" que daria a um semelhante. Quer brincar comigo como faria com um dos manos. O resultado é andar toda esfarrapada nos braços e tornozelos, os locais que apanha a jeito com mais facilidade. Para o resto do mundo é um doce, até um pouco tímido. Para mim vem o tratamento de choque: dentadinhas, dentadas, dentadonas. É a loucura!

Mas depois também me dedica grandes ronronadelas. Esquece-se da sua quase meia dúzia de quilos e sobe para a minha barriga, onde fica a dormitar e a ronronar. Aí sou mesmo a sua melhor amiga, o miminho que lhe sabe bem. Contudo, se de manhã ouso desejar ficar mais um bocado na cama e ele não quer, preferindo ir brincar comigo, os meus cotovelos sofrem dentadinhas (verdadeiros ataques, por vezes), até me levantar. Já chegou a acender a luz do quarto com um pulo!

E é isto: um bichinho lindo e felpudo que me vê a mim, e só a mim, como um brinquedo. Gosta de mim e eu gosto dele, mas rebenta-me com o juízo quando me ataca. Agora sei o que sentia o Calvin quando o Hobbes lhe 'chovia' em cima. Mas, hey!, nem tudo são dentadas e, por isso, se muitas vezes me sinto como na imagem de cima, também me sinto, não raras vezes, como algumas das imagens abaixo. É um tigre destrambelhado em forma de gatinho peludo, mas é o meu gatinho e não o trocava por nenhum outro.