Hoje fui de propósito ao supermercado para contribuir com produtos para a campanha do Banco Alimentar. Não me custou nada e sei que se não fosse ia ficar triste comigo própria. Dei um saco com alimentos que não sei para quem irão, mas que espero serem suficientes para aligeirarem um pouco as dificuldades de alguém. Sei que há quem não dê, quem ponha quinhentos entraves e dê outras tantas desculpas para não contribuir. Porque não chega a quem precisa, porque alguém ganha muito com isto, porque as coisas acabam por estragar-se nos armazéns, porque... Felizmente os resultados vão mostrando que, neste tempo tão difícil, as pessoas contribuem mais, são mais solidárias, mais pessoas, e que, portanto, são menos estes «Velhos do Restelo» para quem tudo está mal feito e é um esquema para qualquer coisa que nem se sabe muito bem o que seja.
Se há instituição que me sensibiliza é o Banco Alimentar, precisamente porque o seu trabalho chega a tantas outras instituições e porque é dos seus armários que têm saído, para muita gente, as refeições para quem deixou de poder assegurar a sua própria alimentação. Há muitos anos que faço questão de ir aos supermercados nos dias da recolha porque sei que o que vou dar, ainda que não seja muito, faz falta. Não sei se algum dia virei a precisar, mas se vier, creio que gostaria de receber esta ajuda. Uma senhora dizia numa reportagem que passou num noticiário que «é melhor ajudar do que ser ajudado» e se há coisa que não conseguimos é prever o que nos acontecerá amanhã. Assim, parece-me que não custa nada contribuir, tendo sempre em consideração que alguém passará um pouco melhor com um pequeno gesto nosso e que nunca sabemos se um dia não precisaremos nós.
Notinha: A quem não contribuiu, podem fazê-lo até ao dia 3 de Junho através do sítio do Banco Alimentar.
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