segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O apocalipse dos brinquedos

No fim de semana que passou precisei de abastecer-me de frutinha e por isso lá fomos os dois, no sábado de manhã, até ao Continente. 

Ainda nem tínhamos entrado propriamente no hipermercado quando percebemos que provavelmente estava a dar-se o apocalipse e nós sem sabermos de nada: fora da loja havia já uma bancada para embrulhos, uma fila considerável e carrinhos a estourar de brinquedos. Pois, parece que precisamente naquele fim de semana havia uma promoção nos brinquedos que fazia com que metade do que se gastasse fosse para o cartão. 

Resultado: a loucura como já há algum tempo não via. Carritos cheios, prateleiras completamente V A Z I A S, uma multidão concentrada na mesma parte da loja, alguns empurrões e alguma dificuldade em fugir do mundo encantado dos brinquedos para chegar à secção da fruta. 

Depois de superar a prova e de quase me sentir tentada a deixar-me contagiar pela fúria consumista, lá consegui abeirar-me dos limões. Mas depois fiquei a pensar que nesmo que quisesse e que achasse esta oportunidade como sendo a última coca-cola do deserto, não poderia embarcar em semelhantes desvarios. É que para metade ficar no cartão, tem de investir-se primeiro o todo e... Bom, digamos que tendo em
conta alguns dos carrinhos cheios que por lá vi, os meus míseros tostões já não deviam chegar. 

E pronto: depois de a Popota vir lembrar o mundo de que o Natal está mesmo a chegar, eis que o paraíso chega para muitos miúdos que têm a sorte de não me ter como mãe porque "eu cá sou mais livros". E baratos. 

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