quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Do frio e da vergonha

Depois de dar muitas aulas e de ter uma aula que secaria o cérebro a um santo, apanhar o friozinho que se pôs é mesmo a cereja no topo do bolo. Mas, bem, de que reclamo eu? Com a chuva torrencial que caiu hoje, podia perfeitamente estar a ir a nado para casa ou, por outro lado, ser levada pela enxurrada em que hoje consistiu a cidade de Lisboa. 

Por fim, um pequeno apontamento mais terno e quente: hoje fui a casa entre o fim das aulas enquanto professora e o início da aula enquanto aluna e só tive tempo de aquecer uma tigela de leite e atirar uns cereais lá para dentro antes de voltar a sair. Bom, depois de umas colheradas da coisa, o meu pai tocou à campainha e  eu e o Sr. Gato fomos recebê-lo. Distrai-me um bocadinho a falar com ele (com o pai, não com o Sr. Gato) e quando reparo está o pequeno bandido (o Sr. Gato, não o pai) a lamber-me o leite da tigela. Ele, criatura que NUNCA havia provado leite e que, como qualquer gato, nem deve beber leite! Enxotei o abusadão para longe do meu lanche e, entretanto, o meu pai teve de ir-se embora. Faltavam uns cinco minutos para eu sair de casa... Mais de metade do meu lanche estava naquela tigela e eu sem tempo de preparar e engolir outra coisa qualquer... Bem, admito: bebi o leite que sobrara da tigela que o gato tinha assaltado. O mundo que me perdoe, mas não havia tempo para mais e também era feio deitar aquele leitinho fora. E o Sr. Gato tem tudo quanto são vacinas. E eu também. Que queriam que eu fizesse nesta situação difícil?! Deixem-me!

Sem comentários:

Enviar um comentário