Embora existam iluminados a bradar que os professores têm três longos e invejáveis meses de férias, a verdade é que não têm. E, falo por mim e pelos outros professores que conheço, uns dias de paragem ao longo do ano só podiam ser benéficos que isto é profissão para nos deixar de rastos e com o credo na boca todos os dias.
Mas adiante. Hoje é, portanto, o meu primeiro dia de férias. E logo de manhã acordei tão estremunhada com o som da vizinha que sai de casa à mesma hora que eu que imediatamente pensei "Oh f******! Estou atrasada!". Felizmente lembrei-me logo a seguir de que o programa de festas para hoje envolvia boa parte da manhã na cama e uma bela sesta de duas horas à tarde e sosseguei. O primeiro dia do mês seria uma maravilhosa desforra, portanto. Ainda estou a mentalizar-me de que tenho um mês inteirinho pela frente, mas creio que consigo conviver com isso sem problemas.
Há quem não goste de tirar férias em Agosto, mas é a minha altura favorita para isso. Não tenho por hábito ir perder-me na multidão dos Algarves e mesmo quando ando pelo meio da muita gente que enche Viana do Castelo em Agosto, ando satisfeita. É um mês que sempre me cheirou a férias, que sempre significou passeio e ócio total. É o mês em que o meu telemóvel se torna estranhamente selectivo e rejeita muitas chamadas... É o mês pelo qual, não sendo emigrante, espero ansiosamente o ano inteiro ("Meu querido mês de Agosto" tralálá). Mas é normal: o calendário que me rege é o escolar e em Setembro lá estarei eu a pôr meninos e meninas a ler Os Lusíadas.
Ah Agosto, espero que rendas muito!
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