quarta-feira, 27 de abril de 2016

O menino Kinder

No que aos doces diz respeito, não me sinto nada gulosa. Prefiro muito mais sabores salgados do que doces e tenho a tendência para enjoar chocolate de tempos a tempos. Com os doces, o meu problema maior são mesmo os baldes de pipocas do Continente. Isso, admito, é bastante viciante e é preferível nem sequer ter tal coisa em casa. Ultimamente tenho conseguido escapar bem a tal manjar dos deuses, mas acho que mal ponha uma pipoca amarelita na boca, regrido bastante e torno-me no “monstro das pipocas”.

No entanto, e mesmo gostando mais de salgados, de vez em quando também preciso de doces e uma das coisas que costuma haver cá por casa são barritas Kinder. O moço A D O R A e, não havendo mais nada, de vez em quando também cedo à tentação. Aliás, o queriducho costuma oferecer-me uma caixa de barritas de tempos a tempos. Mas depois de comer as dele, come as minhas e o resultado é que nunca tenho verdadeiramente barritas. Guloso!

Nos últimos dois dias, os almoços têm sido para esquecer e à noite o corpinho pede açúcar. Não havendo mais nada de que goste, lá tenho eu de comer barritas que tenham escapado à fúria gulosa do meu moço. Com isto lá me pus a pensar que este chocolate é mesmo saboroso e que o menino da caixa deve ser das figuras mais conhecidas no mundo dos chocolato-dependentes (vamos imaginar que esta palavra existe, sim?). Louro, de pele alva e dentes claros, não está ali a fazer nada porque o chocolate é tão bom que se vende a ele próprio. Além disso, tirando casos estranhos, acho que ninguém compra caixas de barritas porque gosta do menino da embalagem. Ali até podia estar a imagem de um cinzeiro vazio que eu gostaria dos chocolates na mesma. Mas é curioso porque, sendo a fotografia mais desnecessária de sempre, é já tão conhecida que se só víssemos a imagem do rapazito, saberíamos logo a que produto se fazia alusão.

Enfim, isto tudo para dizer que hoje passei algum tempo a olhar para a caixa, comi duas barritas e a caixa está agora na posse do meu moço. Despedi-me da fotografia do “menino Kinder” por uns tempos: é que duvido que amanhã ainda existam barritas nesta casa...


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