Admito: enquanto dona de casa não valho um caracol (e também não me importo muito com isso, que nunca foi ambição minha ser uma fada do lar). No entanto, não me apetece muito viver no meio de uma estrebaria ou andar toda desarranjada por desmazelo ou preguiça de fazer aquilo que, para mal dos nossos pecados, tem de ser feito. Assim, a máquina de lavar a louça tornou-se a minha melhor amiga, o processador de alimentos causa-se lágrimas de felicidade (e não de cortar cebola porque é ela que a estraçalha), a menina que me engoma a roupa deixa-me louca de alegria de cada vez que me traz um cestinho cheio de peças passadinhas. Enfim, lá fui arranjando maneira de o tempo dedicado às limpezas ser cada vez menos.
Na semana passada resolvemos melhorar ainda mais essa realidade. Comprámos o robô Vileda Relax que, precisamente por trabalhar sozinho sem precisar da minha colaboração, permite a manutenção da limpeza do chão cá de casa sem consumir uma ou duas horas da minha vida. Mais: tendo dois gatos, como tenho agora, qualquer coisa que vá fazendo o pelo morto e caído desaparecer é bem-vinda. No domingo experimentámos, então, o robô e até gostei. Primeiro parecia uma tonta a olhar para ele a andar sozinha, a chocar contra as paredes, mas a virar-se logo para continuar o serviço, a entrar para debaixo dos sofás para sair logo de seguida. Olhem, parecia hipnotizada com aquilo. Depois comecei a perceber que a insistência dele nos tapetes estava a resultar e tapetes que usualmente dizem, sem palavras, que moram gatos cá em casa ficaram limpinhos, tanto como quando os massacro com o aspirador «normal».
A caixa dizia «Ideal para animais», o que me convenceu logo. Até agora vai correndo bem. De vez em quando temos de parar para limpar as escovas e limpar o depósito de sujidade, mas também é normal que uma coisa tão pequena precise desses cuidados mais amiúde que o aspirador grandalhão. De resto falta-me apenas dizer-vos que ainda nenhum dos felinos cá de casa apanhou boleia em cima do «disco aspirador» vermelho que por aqui vai andando. Aliás, deitam-se ao lado dele e só dão um pulo quando o disquinho embate neles, pedindo «amigavelmente» que eles se ponham a andar dali para fora porque há trabalhinho a fazer. Porcos peludos.
Portanto, a quem, como eu, tenha pelinho a mais espalhado em casa e tempo a menos para tratar do problema, este aparelho dá uma ajuda. Não invalida que de tempos a tempos peguem no aspirador maior e façam uma limpeza mais profunda, mas para mim, para manutenção diária, é perfeito. A bateria tem uma autonomia de oitenta minutos e leva entre quatro a cinco horas a carregar. Só têm de preparar o chão antes de ligarem o aspirador, e por «preparar o chão» entende-se tirar de lá tudo o que possa servir de obstáculo ao robô (sapatos, cabos eléctricos, brinquedos, comida de animais...). De resto, é só ligar e vê-lo andar. É muito porreiro.
Nota: A imagem saiu daqui.
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