Faz na próxima terça-feira um mês que a minha avó nos deixou e ainda me parece mentira. Todos os domingos, dia da semana em que a minha mãe lhe ligava sempre para saber se estava bem, dou por mim a quase abrir a boca para perguntar o que sempre perguntava:
- Já telefonaste à avó?
Todos os domingos tem sido isto. Ainda há pouco aconteceu o mesmo. Vivi a minha vida toda com a presença, ainda que quase sempre distante, daquela pessoa. E agora ela não está. Já não se faz o costumeiro telefonema ao domingo, já não lhe procuramos a voz. O telefone dela já não toca porque ela já não está para o atender.
Passou quase um mês e ainda parece um sonho mau. De vez em quando vem-me a imagem dela à memória e, logo de seguida, o balde de água fria da sua ausência. Sabia lá eu que isto ia custar tanto...
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