Se pensar nas leituras da minha infância/adolescência, os diários deste hipocondríaco e azarado jovem inglês estarão como aquelas de que me recordarei imediatamente. O humor, a ironia, o sarcasmo, mas também outros pormenores que ali pelo meio nos mostravam como era a vida inglesa pela mão da senhora Thatcher tornavam estes diários absolutamente fenomenais. Ri-me muito com o pobre Adrian Mole e ainda hoje me lembro de algumas das suas frases. Melhor: uso-as no meu dia-a-dia.
Depois deste, a minha irmã ofereceu-me os outros que foram saindo. Mais tarde comprei eu aquele que julguei ser o último da colecção, Adrian Mole na idade do cappuccino. O protagonista já era adulto, embora continuasse hipocondríaco e com pouca sorte. Segui com o mesmo interesse as personagens a que já me habituara e dei por terminadas as minhas aventuras com Adrian Mole.
Mas depois, anos mais tarde, soube que saíra mais um livro, publicado novamente pela Difel. Não o comprei logo e pouco tempo depois a editora fechou e o livro desapareceu das livrarias. Estava impossibilitada de saber como terminariam, enfim, as desventuras deste anti-herói inglês que falha redondamente tudo aquilo a que se propõe. Procurei, procurei e ainda tive alguma esperança quando a Editorial Presença começou a reeditar os diários de Adrian Mole. No entanto, há duas feiras do livro consecutivas que passo pelo pavilhão da editora para ouvir sempre a mesma resposta: não, esse não está publicado nem sabem quando estará.
Bom, num destes dias deu-me uma iluminação divina lembrei-me de espreitar o OLX e lá estava ele: Adrian Mole e as Armas de Destruição Maciça, à venda por seis euros. Na esgotadíssima edição da Difel e assim nem sequer diferiria graficamente dos outros volumes que já tinha. Mandei vir e eis que uns vinte anos depois a colecção fica completa e eu poderei terminar uma leitura que começou quando eu era ainda mais nova do que o protagonista. Maravilhas dos livros! Ei-lo já cá em casa, prontinho para ocupar o lugar que sempre lhe pertenceu:
Tão, tão bom!
ResponderEliminarLi todos e adorei, eram do meu irmão.
Mais recentemente encontrei "The lost diaries of Adrian Mole", de 2008 e "Adrian Mole and the prostate years", de 2009. Ainda não os li. Não sei se há edição portuguesa.
Maravilhoso rever velhos amigos :)
Não me parece que haja em Português, mas QUERO! Adoro estes livros. Ri-me tanto com eles que tenciono reler todos os outros antes de ler este que chegou hoje. Mas vou procurar aqueles de que falas. Se não existirem em Português, ao menos que os encontre em espanhol. Em desespero, leio-os em inglês. Obrigada pela dica. :)
Eliminar