quarta-feira, 24 de junho de 2015

Dois gatos - Dias 3 e 4

Não percebo muito bem a relação entre o Sr. Gato e a gatinha. Parece que sentem um pelo outro umas saudades imensas durante o dia (ainda os deixo separados enquanto não estamos em casa, pois o menino tem umas brincadeiras assim um bocadinho violentas para uma gatinha tão pequena), mas depois, quando estão juntos, ele atira-se a ela e, se na maioria das vezes tenta agarrar-lhe o cachaço e lambê-la, noutras parece que a vai estraçalhar. Já lhe «rosna» pouco. Quase já só o faz durante a noite ou a meio de uma brincadeira que começa a tornar-se mais trapalhona. Serviu isto para eu ter a certeza de que o Sr. Gato não sabe bufar. E para ficar a saber que a gatinha sabe fazê-lo muitíssimo bem...

De resto cá andam. Partilham tudo: bebedouro, caixa de areia, brinquedos... Fui eu arranjar tudo novo para ela e, afinal, a bichana quer é as coisas do mano. E ele não se importa. Isso leva-me a ter a esperança de que, nos próximos dias, já seja possível deixá-los juntos durante o dia.

Aliás, deixem-me dizer-vos que durante um ano e meio, tive um gato que parecia um cão. Não me largava, seguia-me para todo o lado, brincava comigo, enfim... Agora não me liga nenhuma, já nem quer dormir comigo. Agora sim parece um gato. Acho que ele está algures entre o embevecido pela gatinha e o zangado por termos tido o atrevimento de trazer para cá uma companhia, como se ele não fosse mais do que suficiente para fazer feliz qualquer ser humano. Bom, Sr. Gato, tu és o gato mais bonito do mundo e arredores e eu gosto de ti daqui à lua, mas melhor que ter um gato, só mesmo ter dois.


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