terça-feira, 8 de outubro de 2013

Quinze anos

Foi há precisamente quinze anos que Portugal recebeu a notícia de que José Saramago era o vencedor do Prémio Nobel da Literatura de 1998. Volvidos estes anos, perdemos a sua figura física, mas mantemos o orgulho e a sua obra. Acredito que os autores ficam na obra que escrevem e que assim se libertam, como dizia Camões, da «lei da morte». José Saramago, homem de raízes simples e de opiniões fortes, deixou a sua marca nas palavras que escreveu e que, tal como presente, ficaram cá para nós. Legou-nos as suas memórias, os seus sonhos e pensamentos. Saramago ofereceu-nos a maior flor do mundo em cada um dos seus livros: uma flor que cresce a cada página virada, a cada parágrafo volvido, a cada momento passado na companhia do muito que os seus livros têm para nos dizer. Passaram-se, pois, quinze anos e José Saramago já não se encontra entre nós, mas o orgulho pela obra magnífica que deixou, esse, não diminuiu. Pelo contrário: há quinze anos lia pouco e nunca um autor como este (embora tenha tentado, ainda muito jovem, ler a edição do Memorial do Convento que a minha irmã tinha cá por casa), todavia hoje este é, sem dúvida, o meu autor português favorito.
 
Quinze anos é muito tempo para qualquer um de nós, mas não para um escritor tão grande, tão bom e tão único quanto este. Saramago viveu, vive e viverá sempre nas suas palavras. O Nobel é motivo de orgulho e uma das razões pelas quais devemos recordá-lo sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário