quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Uma valente confusão

Na FNAC ouço alguém perguntar a uma funcionária:

- Bom dia. Onde tem O Crime do Padre Amaro, do Camilo? Já procurei e não está na prateleira. 

Pudera. Bem podia procurar eternamente na prateleira do Camilo que nunca iria encontrar. Que dor de alma!

Ps.: Admito que não me segurei e disse à senhora, que estava mesmo ao meu lado, que não é do Camilo: é do Eça...

10 comentários:

  1. ahahaha
    o que me ri :) acredito que deve ter sido difícil não dizer nada! Adorei :9
    Beijinhos e boas leituras

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    1. Foi tão difícil que não consegui ficar calada. Mas a segurança com que a senhora disse aquilo... Enfim.
      Obrigada. Boas leituras para si também! :)

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  2. E como se não bastasse ainda insinua que não está no sítio em que devia estar.

    Uma vez aconteceu-me uma do género.
    Uma senhora estava perto de mim na secção de literatura portuguesa e dizia-me que não encontrava "A Filha do Capitão", e que maçada que era. Comentei que estava possivelmente na secção dos traduzidos e que era uma pena não traduzirem tudo o que havia do escritor em causa, na minha opinião.
    "Traduzidos? Menina, estou a falar-lhe do maior escritor português de todos os tempos. Você (adoro!)deve falar de algum escritorzeco estrangeiro. Pena o seu cérebro e cultura não terem acompanhado o seu crescimento em altura."

    Embrulha. Só me ri e virei costas.
    Ora, eu falava de Puschkin e ela, soube mais tarde, de José Rodrigues dos Santos.
    Não tenho culpa que não haja originalidade nos títulos ;)

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    1. :0 Estou em choque. Mas isso ainda é pior! Além de idiota foi mal educada contigo. Credo! Há gente que tem mesmo só um neurónio e mesmo esse desgraçado sofre de falta de inteligência. «Maior escritor português de todos os tempos»??? Apetecia responder: «Mas o Camões não tem nenhum livro com esse título.». Sorte macaca.

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    2. Fez muito bem, Quixotadas!

      A Marta deve ser muito aveludada. Se fosse comigo outro galo cantava.

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    3. Eu acho que às vezes a melhor resposta para a ignorância é o silêncio. Não sei se, na mesma situação, seria capaz de não mandar a senhora para um sítio porreiro, mas também não sei se não optaria pelo meu olhar altivo (que dizem ser fulminante, ahah) e uma boa gargalhada. Porém, o que me entristece mesmo é que a mim nunca me diriam aquilo da altura que disseram à Marta: é que eu sou assim um bocadinho para o "minion". :)

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    4. Os minions são tão mais giros ;)

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    5. Obrigada. Mas mais 5 centímetros não me matavam. Se desse para os pedir pelo Natal, pedia. :P

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  3. Ocorreram-me várias coisas para dizer. Achei que não valeria a pena.
    Não estou certa de que a senhora soubesse quem foi Camões.

    Não faço ideia se sou aveludada mas o termo agrada-me :)
    Não me levo muito a sério, e na verdade, achei que aquela senhora já tinha castigo suficiente. Na minha opinião, quem opta por ser mal educado ou desagradável (podemos dizer muitas coisas sem sermos mauzinhos)com outros por motivos tão pequenos, já tem o seu peso e não creio que seja muito feliz (caso contrário, não reagiria assim).
    E proporcionou-me uma risota. Até poderia agradecer-lhe. Adoro rir-me.
    Saí com uma braçada de livros que muito queria.
    Não perdi, certamente :) Nem me irritei.
    Mas percebo bem que não somos todos iguais :)

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    1. Quem acha JRS o maior escritor português de todos os tempos e é desagradável por isso já é uma besta e ainda não sabe, pelo que não precisará de ser insultada.

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