sábado, 4 de abril de 2015

Viver para contá-la


"A vida não é a que cada um viveu, mas a que recorda e como a recorda para contá-la."
Epígrafe de Viver para Contá-la

Comecei hoje a ler a autobiografia de García Márquez e, minha gente, o livro é boooooooooooom! De um fôlego foram logo cem páginas e em muitos dos episódios que conta encontramos as bases sobre as quais assentam várias das histórias de Cem Anos de Solidão. É incrível porque são histórias de família que parecem saídas de um romance, mas parece que na realidade foi ao contrário: aquela vida tão cheia de momentos únicos virou livro e encheu cem anos num romance que é provavelmente um dos melhores de sempre. 

Lê-se como um romance e como um exercício literário: quanto do que viveu Gabo é vivido pelas personagens fantásticas de Cem Anos de Solidão? Vamos lendo e estabelecendo pontos de contacto. Além disso, é extraordinária a forma como o autor foi vendo os locais da sua infância através da lente da nostalgia que o tempo faz crescer, compreendendo a verdadeira dimensão de cada história ouvida, vivida e sentida e a sua força poética. 

2 comentários:

  1. olá :)
    apesar do disparate, continuo a pensar que este é "O" romance do Gabo (calculo até que foi o 1º, ou dos 1ºs comentários que deixei aqui no blog).
    A memória já me começa a falhar mas creio de deviam ser editados mais 2 volumes, ora "cadê" ? :| Mesmo sendo espécime único, continua a ser um livro notável
    Boa Leitura ;)

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    1. Não sei se era mais um ou mais dois. Seja como for, ou ficaram num baú e um dia saem ou teremos de nos contentar com este que é tão bom quanto o melhor dos seus romances. Não sei se te aconteceu, mas não te custou a acreditar que alguém pudesse ter uma vida tão extraordinária assim? É de ficar boquiaberto! :)

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