segunda-feira, 12 de abril de 2021

É começar a fazer a lista!


Amorzinhos, peguem nos vossos blocos e afiem os lápis: estamos em boa altura para começar a fazer as nossas listas, uma vez que a Feira do Livro de Lisboa 2021 já está marcada. 

Bom, sabemos que nos dias que correm os planos de hoje podem não ser os de amanhã. Tudo depende da bicheza que por aí anda a desgraçar a malta. Ainda assim, marquem nas vossas agendas, comecem a planear o vosso itinerário dentro da Feira, componham a vossa lista com ponderação (não), com contenção (nop), sem exageros (ahahah) e sem esquecer que ainda têm na prateleira três livros por ler (piadinha)... Na verdade, considerando que o apocalipse pode voltar e fechar-nos as livrarias outra vez (longe vá o agoiro), componham a vossa listinha e aproveitem a Feira. Mas até lá, como agosto ainda não é amanhã, podem sempre aproveitar as livrarias que, felizmente, já estão de porta aberta, e as compras online (amanhã, na Wook, vamos ter 50% de desconto na compra do segundo livro, mas, claro, não se esqueçam de ler as condições da campanha).

Para muitos os livros sempre foram fundamentais, porém os últimos meses mostraram-nos que o impensável afinal é possível e as livrarias foram encerradas. Mesmo os livros à venda nas grandes superfícies foram escondidos sob lonas como se fossem material radioativo capaz de contaminar tudo à sua volta. Foi muito triste perceber a pouca consideração que quem manda tem pelo livro. Já desconfiava dessa falta de consideração, mas não esperava vir a viver num país onde os livros se tapam com plásticos para não serem vendidos. Nestes tempos duros, os livros têm sido os melhores companheiros e uma janela para a vida que ficou suspensa e sem data prevista para voltar ao normal. Tristemente, não podemos dar nada por garantido e sabe-se lá o que ainda nos espera. Portanto, se pudermos, o melhor é termos uma pilha de livros sempre à nossa espera. Para lermos todos os dias um bocadinho, mas também para a eventualidade de as lonas voltarem e eliminarem a possibilidade de irmos presencialmente a algum lado comprar um livro. Além disso, livrarias, editoras, tradutores, revisores e muitos mais profissionais agradecem. Digam o que disserem, o livro não é um luxo: é uma necessidade. Quem disser o contrário é tolo e devia ser tapado com uma lona. 

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