terça-feira, 22 de maio de 2018

Siso

Aos 32 anos, acordo numa manhã normal e descubro que tenho um dente que ontem não tinha. Chegou o meu primeiro (e a julgar pela falta de espaço) único dente do siso. Vai levar um raspanete pelo atraso. 

Piada seca do dia: vá, ainda vem a tempo da Feira do Livro. Ahahah. 

4 comentários:

  1. :)
    Sorte não teres tido dores.
    Devido à mudança da dieta alimentar, esses dentes não têm grande utilidade. Ainda que não existam provas concretas a tendência será a da agenesia. E tu pareces ser tão ajuizadinha ;)

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    1. Pois. Dores não tive, mas hoje acordei com o interior da bochecha todo mordidinho. Não me serve para nada tal dente.

      Ai, ajuda-me aqui: o que é a “agenesia”? Nunca tinha visto essa palavra. Será o desaparecimento do dente?

      Desculpa por não ter voltado a enviar e-mail. Estou em falta. Mas a vida tornou-se numa loucura tão grande que acabei por deixar muitas coisas para trás. Até os livros andaram meio parados. Agora regressaram e estou a ler “A Capital”, do Eça. É muito divertido! O Eça nunca nos falha! :)

      Beijinhos.

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  2. :)
    Sim, a agenesia é a ausência total ou parcial de um órgão (rim, útero, por exemplo), neste caso em particular é a agenesia dos dentes do siso.

    Podemos sempre contar com Eça.
    Comecei ontem a ler "Contos Escolhidos", da precocemente maravilhosa Carson McCullers. São os primeiros contos dela que leio, até agora só li romances e novelas.

    Antes li o livro que foi, para mim, a maior "desilusão" literária do ano: "A autobiografia de Alice B. Toklas", de Stein. Não tinha altas expectativas, felizmente, mas sentia alguma curiosidade pela sua convivência com tantos artistas, sobretudo quando alguns ainda eram perfeitos desconhecidos. Picasso, Feneon, Matisse, Apollinaire, Ford Madox Ford, Sherwood Anderson, Hemingway, Djuna Barnes, Braque, Cocteau, Pound, Fitzgerald, Gris. Ora, salvo raras excepções, é-nos dado a ler meras descrições mundanas. E a linguagem... ainda que seja propositada, não consegui encontrar o propósito. Assumo a minha falha. Tive inúmeros momentos em que me pareceu estar a ler a composição de uma criança (blasfémia!). E no entanto, eu gosto de linguagem estranha, esquisita, não-tradicional. Isto era outra coisa.
    Há capítulos sobre a Guerra, mas nada de substancial. Passou-me também a ideia de que a senhora Stein se tinha em altíssima conta. Ideias pré-concebidas sobre algumas nacionalidades também não me agradaram muito.
    Reitero, a falha pode muito bem ter sido minha. Achei que devia dizer-te porque referiste o livro.

    Faz a tua vida e não te preocupes com respostas, as obrigações diárias já nos roubam demasiado tempo de vida e ócio.

    Espero que o teu pai esteja a recuperar bem.

    Bom, agora que já escrevi um testamento e fui má língua, retiro-me :)

    Beijinhos

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  3. Estas conversas deixam-me contente e elucidado.
    Agradeço à blogger e à comentadora Marta.
    Li o livro «A Moeda Viva» e gostei muito. Deu-me trabalho a valer. Um ensaio curto mas que obriga a pensar.
    O Roland Barthes conheci também por aqui ter lido uma sugestão da mesma pessoa. Comprei «A câmara clara» e gostei muito. A minha filha já me comprou outros como surpresa. Conhecia o nome só dos escaparates porque há um livro que tem no título o nome deste filósofo, sociólogo e semiólogo. Como professor (universitário) de ciências sinto-me muitas vezes sem pé em áreas literárias, o tempo não estica. Aqui vou encontrando sugestões mais do mainstream e outras mais desconhecidas, abraço ambas. E agradeço a ambas/os.

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