Comecei a fazer um curso livre sobre imagens da Europa na literatura do século XX. Começamos com Zweig e acabamos com Mário de Carvalho e com este romance. Pelo meio passamos por Calvino e por Le Clézio. O tema do curso é muito interessante e o cérebro já precisava destes miminhos porque uma das coisas que mais me entristecia enquanto professora de horário (mais que) completo era a impossibilidade de fazer fosse o que fosse porque se numa semana talvez pudesse ir, bastava haver uma crise qualquer para marcar-se uma reunião e todos os planos irem ao ar. Como o tempo livre agora permite estas coisas, além de poder ler, também posso ir ouvir falar quem sabe e passar eu ao lugar de aluna.
Penso que de Mário Cláudio só li o conto «A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho» e o livro Quem Disser o Contrário é Porque Tem Razão. Será a primeira vez que lerei um romance seu. E eis que assim se alargam horizontes literários...
"O Mundo de Ontem" do Zweig encaixa no tema do curso ;) é uma visão/reflexão sobre a Europa bastante actual, apesar da olhar algo romântico (na realidade, de privilegiado) do Zweig.
ResponderEliminarAinda relacionado, recentemente esteve em exibição o “Stefan Zweig - Adeus, Europa” de Maria Schrader.
Ainda sobre o Zweig, já leste o "Mendel dos Livros"? Se não o leste, pf, lê-o ;). É uma pérola.
Boas sessões! :)
As primeiras duas aulas são precisamente sobre «O Mundo de Ontem».
EliminarNão li, não. Tenho imensos livros do Zweig e não sei se tenho esse, nem que seja dentro de outro volume. Tenho de procurar.
Obrigada. Só ainda tive a primeira aula, mas gostei muito. :)
Afinal tinha para ali o «Mendel dos Livros». Comecei-o ontem. Obrigada pela dica. ;)
EliminarDeve ser muito interessante.
ResponderEliminarTal como a C. também pensei em Zweig, embora ainda não o tenha lido. Ainda descansa na estante.
"A montanha Mágica" também poderia integrar a lista, bem como alguns de Kundera, de Andric e Marsé.
Boas aulas :)
Acabei de me lembrar:
ResponderEliminar"O tambor de lata" também caberia no curso. Óscar vai-se apercebendo que o seu tambor se torna um instrumento de poder, tal como a flauta de Hemlin.
Uma crítica à indiferença e apatia das pessoas perante as atrocidades da guerra. Óscar simboliza essa massa anónima que “toca tambor” enquanto a matança prossegue.
"Berlim Alexanderplatz foi outro de que me lembrei.
(Vês, se a minha se tivesse deixado apanhar pelas sugestões livrescas "impostas", eu recomendar-te-ia agora livros de culinária e de limpeza de pratas :P)
Limpeza de pratas seria muito bom... se houvesse pratas por aqui. Ahahah!
EliminarCaberiam inúmeros livros no curso, mas o tempo é limitado e vamos ficar-nos por quatro. A próxima aula ainda é sobre «O Mundo de Ontem», do Zweig. Depois passamos para o «Se numa noite de inverno um viajante», do Calvino. Estou a gostar. É bom para desenferrujar o cérebro. :)
Olá :)
ResponderEliminarestava a ler os comentários e assim de repente sobressai a literatura de expressão alemã. Do "O MUndo de Ontem do Zweig" a impressão com que fiquei é a de que era um europeísta, e sem dúvida, ou acima de tudo um idealista.
Marta, para mim, à lista falta (entre tantos, tantos outros) o "Homem sem qualidades". Já agora, incluis o Marsé, posso perguntar em que sentido? Só li o "Rabos de Lagartixa" e o "O amante bilingue" portanto posso estar com ideia equivocada mas quando penso em Marsé penso em Barcelona, penso numa região com uma identidade muito forte, e assim de repente não penso numa imagem de Europa...ao contrário até do que acontece se pensar no Jaume Cabré com o "Eu Confesso".
O "Mendel dos Livros" é talvez o livro que me fez voltar a Zweig. Em tempos li o "carta de uma desconhecida" e achei o livro algo... "vulgar", ainda estou para saber se foi uma fase, se simplesmente falta de maturidade (há uma adaptação ao cine muito boa, do Ophuls). O "Mendel" tem tudo para que quem tem uma relação de proximidade com os livros goste muito dele, para além de que o Zweig escreve muito bem, apesar do estilo ser bastante diferente da ideia que tenho dos grandes escritores germânicos, é simples e directa.
Li esse do Calvino há uns bons anos ee tenho a sensação de ter gostado, porque posteriormente procurei outros livros do autor, mas a verdade é que não tenho qualquer memória do livro.
p.s. é difícil escrever com alguma ordem no rectângulo, portanto desculpem se as ideias forem algo desconexas