Ora, nem seria ano novo se não começássemos já a falar de livros.
Andando por esta internet, deparei-me com esta sugestão de reflexão e decidi pensar um bocadinho no assunto:
Diga-se que não é coisa fácil de se fazer quando nas prateleiras há centenas e centenas de livros para serem lidos. Aquela experiência de saber sempre que livro iria ler a seguir, de sentir (quando se aproximava o fim da leitura do momento) que de seguida apeteceria conhecer o livro A ou B desapareceu conforme as estantes se foram enchendo e enchendo de novos livros. O meu ritmo de leitura não acompanha o ritmo de chegada de novos volumes e isso acabou por fazer-me perder esta capacidade, que quase parecia um instinto, de saber que livro se seguiria.
Contudo, apesar da farta escolha, há alguns livros que estão cá por casa e que gostaria mesmo de ler em 2017. Convinha ler um bocadinho mais depressa do que leio para conseguir dar despacho a isto tudo (já que não são volumes fininhos), mas vamos ver como vai correr a coisa. Então, em 2017 quero ler:
Assim de repente lembro-me destes. Claro que pelo meio gostaria de ler outros de menor fôlego, coisa mais para entreter do que os monumentos que aqui estão. Mas esses serão escolha do momento numa das minhas viagens às estantes. A ordem de leitura será uma qualquer, que nisto dos livros é a vontade que manda e não um calendário pré-programado. Por enquanto, entro em 2017 com duas leituras que vêm já de 2016. Uma delas é uma leitura que leva quase um ano e que, na verdade, é uma releitura. Leva quase um ano porque é um livro enorme (a vários níveis) e porque é uma edição crítica, pelo que as notas de rodapé são imensas e desaceleram a velocidade da leitura da novela propriamente dita. Falo-vos da maravilhosa e pesada edição do Quijote publicada pela Real Academia Espanhola para celebrar os quatrocentos anos da obra-prima de Cervantes. Já cheguei à segunda parte, pelo que espero terminar ainda antes do final deste ano. Note-se que esta edição está em espanhol do início do século XVII, o que faz deste um desafio ainda maior.
Pendurada, também, vem a leitura de A Biblioteca à Noite, de Alberto Manguel. O livro é MARAVILHOSO para viciados em livros. É mesmo muito bom e fala-nos sobre vários aspectos relacionados com bibliotecas, públicas e privadas; sobre as taras que cada um de nós tem com os seus livros e a sua organização; sobre o modo como a nossa biblioteca pessoal, por maior ou menor que seja, conta muito do que nós somos ao mundo.
Fora isso, vêm penduradas revistas e mais revistas que não consegui ler em 2016. Caramba, mesmo desempregada as vinte e quatro horas do dia não chegam para tudo! E a porra do iPad rouba demasiado tempo. Ainda por cima, nos últimos meses, tenho-me viciado em séries e os livros vão ficando parados. Mas este ano será um novo ano e espero conseguir dedicar tempo a tudo.
E vocês, o que pretendem ler em 2017?
Estou a ler o 1º volume de "Em busca do tempo perdido", pretendo depois ler "As benevolentes" e muitos outros que esperam nas estantes há demasiado tempoAdorei a "Montanha Mágica" e "Anna Karénina". Tenho também para ler esse de Zweig.
ResponderEliminarConheces "Os Noivos"? Um clássico italiano soberbo.
Bom ano
Não conheço, mas vou procurar. Agradeço sempre novas sugestões! Há mais que quero ler, mas são tantos que nem valia a pena colocá-los aqui.
EliminarLi o primeiro volume de “Em Busca do Tempo Perdido” numa cadeira da faculdade e, talvez pelo carácter de obrigatoriedade da leitura, não gostei. Mas agora, que já se passaram vários anos desde essa altura e que já passei dos 30, já me sinto capaz de dar uma segunda oportunidade ao Proust. Pelo que sei a Relógio D’Água andou a publicar umas edições mais baratinhas do que as de capa dura a que estávamos habituados. A ver se na próxima feira do livro me aventuro. :)
Bom ano para ti e volta sempre. :)
Andando por aqui a espiolhar há algum tempo encontro esta referência aos noivos e ontem li isto num blogue.
Eliminarhttp://leitordeprofissao.blogspot.fi/search?q=os+noivos
Já o comprei hoje.
Pode dizer-me qual a editora que o publica? Desde que aqui falaram dele que tenho muita vontade de o ler. Mas lista de vontades é tão grande... A ver se pelo menos na Feira do Livro o encontro. :)
ResponderEliminarA editora é Paulinas.
EliminarO livro que tenho é de 2015. Faz parte da coleção literatura intemporal.
http://www.paulinas.pt/Catalog.aspx?fid=274
4º livro a contar de cima. Nunca vi esta editora na Feira, mas pode ser que lá haja banca.
A Paulinas costuma estar na Feira do Livro. Eu é que pensava que só publicavam livros religiosos. Afinal não. Vou dar uma espreitadela, quando for lá. Obrigada pela informação. :)
EliminarAndei por aqui o dia todo porque o computador morreu quando enviei o comentário e não sabia se tinha chegado.
EliminarTem muitos livros religiosos mas outras não. Estou a considerar o do Kempis e ainda mais o do Bernanos.