terça-feira, 31 de maio de 2016

Feira do Livro de Lisboa 2016 - Parte II

1. Devo funcionar ao contrário das outras pessoas porque para mim os primeiros pavilhões que visito (calha serem sempre os da Babel) nunca vêem dinheiro meu. É que estou acabadinha de chegar à Feira e ainda com muito para ver e muitas decisões para tomar. Por isso depois penso "Já cá volto quando estiver para ir embora."  Acho que nunca voltei. Normalmente só me sinto a acordar quando chego ali à Antígona. Antes disso fico parola e não abro os cordões à bolsa.

2. Para ter 20% de desconto em livros, espero pelas promoções das livrarias e não pela Feira do Livro. Mas a maioria das editoras está com descontos deste tipo, o que chateia um bocadinho porque parece que nem muda nada. É um facto que as editoras não são a Santa Casa da Misericórdia e que o papel delas é publicar e vender para eu comprar. Ainda assim há livros estupidamente caros que, honestamente, poucos devem comprar sem descontos ou com descontos mínimos. E se alguns até justificam mais ou menos o preço, outros nem por isso... Mas seria outra conversa que não teremos agora. 

3. As sessões de autógrafos... Ah, as sessões de autógrafos! As únicas vezes que me prantei numa fila para ter livros autografados foi por causa do José Saramago. E acho que só mesmo um grande autor me fará voltar a fazer isso. Ir autografar um livro de receitas sobre massas parece-me muito desinteressante. No entanto há quem o faça. Lá saberão. 

4. Ainda sobre sessões de autógrafos: hoje estava na Feira a cartomante da Sic. Meus caros, meia hora depois do horário previsto para a sessão, passei perto do pavilhão da editora que publica os livros dela e não a vi sentadinha na cadeira. Mas a fila... Senhores, a fila era brutal! Nos altifalantes anunciava-se uma sessão de autógrafos exotérica e eu pensava "Que disparate tão grande." Pois olhem, aquela senhora hoje vendeu que se fartou e deu bem à mão. Gostos não se discutem, mas são bastante questionáveis, diga-se. 

5. Todos os anos deliro com o pavilhão do El Corte Inglés. Este ano a simpatia não abunda e, como já fui duas vezes, já fiz a prova e a contra-prova. Noutros anos a simpatia era tanta que aquela gente vendia-me o que quisesse. Este ano nem sequer me impingiram um Quixote! É grave. 

6. As bifanas da roulote que está acima da Praça Leya são para lá de boas.

7. Como alguém comentou neste blogue, os livros da Tinta-da-China são um deleite para as vistas. Mas são caros como tudo. Ando embeiçada por um livro pequenino que custa, sem desconto, mais de dezoito euros. Explicava-me hoje a senhora do pavilhão que aquele tipo de edições tem um custo de produção muito grande. Acredito. Não se consegue a qualidade gráfica que tais livros têm sem se abrir os cordões à bolsa. Ainda assim pergunto-me se não seria possível tornar a coisa mais acessível. Não sei até que ponto isto dos preços altos não é já uma espécie de imagem de marca da editora.

8. O pavilhão da Aletheia, um daqueles que noutras alturas me aqueceu muito o coração, está desarrumadíssimo. Aquilo está muito pouco apetitoso e é pena. Mas cada um sabe que estratégia adopta e eu sei a que pavilhões devo ir.

9. Não fotografei as compras de hoje, mas vieram comigo:






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