sábado, 20 de setembro de 2014

As folhas verdes

Hoje trouxe de casa dos meus pais umas quantas coisas que ainda por lá estavam. Dossiês, capas, blocos de notas, canetas e por aí fora. No meio vinha um envelope que eu julgava conter folhas brancas. Pois, quase: lá dentro estava um bom molho de folhas verdes escuras que comprei há muitos anos na Papelaria Fernandes num provável momento de profundo daltonismo. As malditas folhas são horríveis, não tarda completam uma década de existência e não há meio de ver-me livre delas! Na altura estive em dúvidas entre aquele excomungado verde e um bonito amarelo torrado, mas como pindérica que sou, trouxe aquela porcaria.
 
E hoje ao vê-las aparecer de dentro do envelope não deixei de comentar que um dia, quando vier um ataque alienígena que estoure com a vida e o que mais haja neste planeta, existirão sobreviventes que resistirão hoje e sempre a tudo o que vier: as baratas e as minhas folhas verdes.

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