quinta-feira, 13 de maio de 2021

Maria João Abreu


Ando há uns dias a pensar num texto para publicar aqui. Mas ainda não será hoje. Não sou muito destas coisas, não ando pelas redes sociais a partilhar notícias sobre as mortes de famosos. Quando falo de alguém que partiu é porque realmente sinto essa partida. E hoje sinto-a. 

Creio que foi com Médico de Família que comecei a vê-la na televisão e a personagem que representou ficou na memória de todos os que a viram. Lembro-me de na escola falarmos sobre o que tinha acontecido na série e recordo-me de rir com a desbocada Lucinda e a relação que tinha com o namorado. Nunca mais a Maria João Abreu foi uma desconhecida. 

E por isso mesmo, pelo muito que se fez notar nos programas em que aparecia, pela simpatia e pelo sorriso que sempre exibia, tornou-se querida do público. Ninguém esperava perdê-la aos 57 anos e com tanto para viver. Ainda assim, a triste verdade é que foi isso o que aconteceu. 

Que sirva esta triste notícia para percebermos que, sendo verdade que tudo muda num segundo, importa aproveitar e viver da melhor forma cada momento que nos resta. Sim, a ideia é mais do que batida, mas é a que me parece mais sensata quando somos confrontados com a nossa finitude. A pandemia tem vindo a ensinar-nos o valor de coisas que tomávamos como garantidas. Uma morte como esta sublinha com marcador florescente a necessidade de pôr de lado o que não interessa e viver como e com quem queremos. De aproveitar o tempo para fazer o que nos deixa felizes. De criar memórias. De nos fazer recordados. 

Até sempre, Maria João Abreu. 


Nota: Não consegui encontrar os créditos da imagem. Se alguém se sentir pesado pelo seu uso, peço que por favor contacte o blogue por e-mail e ela será retirada. 




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