sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Paciência

Antes de vir fazer o rescaldo do Natal, deixem-me carpir o meu desgosto com os transportes em Lisboa. 

Pois parece que agora para apanharmos o metro, um autocarro ou o comboio temos sempre de ir à página da respectiva empresa na internet para sabermos com o que vamos contar. É que entre greves, alterações aos horários e mudanças de percursos nunca sabemos o que esperar. É espectacular: é viver no limite. Que adrenalina!

Ora, como eu ainda sou uma pessoa à antiga, estou sempre à espera de que me avisem das coisas. Portanto hoje saí de casa mais do que a tempo de chegar ao trabalho. Mas eis que quando chego à paragem onde apanho sempre o autocarro, não existe tempo de espera para o bicho. Puxo do meu telemóvel, vou à internet e constato que em alguns dias da quadra natalícia os horários e trajectos  foram alterados. Ao ponto de o autocarro de que preciso não passar hoje na paragem onde estava. E um papelinho colado no vidro a avisar? Nenhum. 

Vou até ao multibanco para levantar dinheiro a contar com a eventualidade de precisar de apanhar um taxi (e de pagar para ir trabalhar...) e depois apanho um autocarro que me deixe pelo menos perto da paragem onde hoje o autocarro de que preciso se inicia. Ando um bocadinho a pé (faz bem para abater a doçaria toda) e lá chego à paragem. O autocarro tinha acabado de partir e, com estas trocas todas, hoje só passa de vinte em vinte minutos. Ou seja: saí de casa às oito e levei quarenta e cinco minutos neste processo todo. Posso só recordar-vos de que está frio?

Como eu estavam mais pessoas, mas com a agravante de não andarem com a internet no bolso de maneira a solucionarem estes problemas de falta de informação. 

No site da empresa de transportes lá estava o aviso, mas honestamente: imprimem tantos folhetos e cartazes a avisar sobre a necessidade de validar os passes para evitar as multas e não houve uma alma que se lembrasse de afixar esta informação nas paragens afectadas, que deixaram de ter os autocarros a passarem por lá. Trabalhei no dia vinte e três e não havia nada que alertasse para uma mudança de horários. Enfim...

Portanto é isto: sai-se do quentinho do Natal directamente para a realidade, onde quem deita cartas é o desrespeito pelo próximo. Haja paciência!

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