domingo, 19 de agosto de 2018

Perguntem a Sarah Gross - o balanço


No final de Julho folheei o livro Perguntem a Sarah Gross nos CTT da zona quando precisei de enviar uma encomenda. Isto de se venderem livros em todos o lado permite estas coisas. Todavia, só o comprei quando tive de passar seis horas no aeroporto de Lisboa devido a um voo cancelado. 

O autor, João Pinto Coelhor, venceu o Prémio Leya de 2017 com Os Loucos da Rua Mazur e parece que já havia sido finalista anteriormente com este livro. Confesso que esta coisa dos prémios nem sempre me dá grande confiança, mas neste caso o enredo pareceu-me promissor. Além disso, a narradora é uma professora de Literatura que vai trabalhar para um importante colégio privado onde tem de lidar com problemas muito complicados. Porém, no meio daquilo que implica ensinar num colégio elitista naquela época, uma outra personagem sobressai: Sarah Gross, a directora da escola. As duas mulheres desenvolverão uma amizade peculiar e isso recordou-me a directora da primeira escola (também privada) onde trabalhei. Aliás, a fase da história em que a narradora está a adaptar-se à escola e à preparação do ano lectivo levou-me a recordar os tempos em que também eu o fiz. 

No fundo, existem neste livro vários tempos, várias vozes e várias acções dentro da principal. Existe a história de Kimberley, a narradora, que opta por refugiar-se numa escola muito longe da família para fugir de alguma coisa; e existe a história de Sarah Gross. Além dessas, existem as de todos os que com elas se cruzaram e não foram poucos. A narradora escreve no século XXI para deixar testemunho das suas vivências no Colégio de St. Oswald's no final da década de sessenta do século XX. Porém, somos também levados a um outro tempo e a um outro espaço: Oshpitzin na primeira metade do século passado. Todos conhecemos o lugar, mas parece que antes de ser baptizado como Auschwitz era assim que se chamava. E, assim, somos levados a pensar num aspecto que provavelmente sempre nos passou ao lado: nem sempre aqueles lugares malditos o foram. Antes de lá chegar todo o mal de que o ser humano é capaz, eram cidades normais, onde viviam pessoas normais e tranquilas. 

Sempre que a narração nos leva para Oshpitzin percebemos a terrível gradação entre a cidade antes da invasão e depois dela. E depois assistimos aos horrores da guerra, ao modo como aos poucos os lugares se esvaziaram de tudo e se transformaram em vazios espaços de má memória. Oshpitzin nunca mais o foi e será para sempre Auschwitz, por muitos séculos que passem. A ideia de que houve um antes só nos chegará por livros como este porque, na realidade, é tudo tão avassalador que é difícil pensar que aquele lugar não tenha sido sempre maldito. O autor é prodigioso nisso. Tendo passado algum tempo em Auschwitz e trabalhado com diversos investigadores sobre o Holocausto, a sua fundamentação histórica é sólida (no final, os Agradecimentos mostram-nos isso mesmo), tanto sobre o local antes da invasão como depois da chegada dos alemães. As descrições dos guetos, depois dos campos de concentração, do modo como tudo por lá funcionava, de como tudo foi acontecendo em crescendo até ao limite da desumanização são muito bem feitas. Além disso, o autor foi também magistral na criação de uma personagem ficcional que se mistura com todos os que tiveram de passar pelo inferno da Segunda Guerra Mundial na Polónia. Sarah Gross é essa personagem e a sua história, que poderia ser a de qualquer outro judeu, é um murro no estômago. Algumas páginas foram muito difíceis de ler. Tem de se parar e ganhar fôlego para mais sofrimento, mais dor, para mais histórias de sobrevivência no meio da loucura mais abjecta. É verdade que é apenas uma personagem, mas considerando a formação do autor no que ao Holocausto diz respeito, saber que tudo aquilo podia acontecer é tremendo. Mais: a escrita tão clara, tão crua, tão directa impede grandes divagações. O filme acontece na nossa cabeça a cada nova frase e o enredo, tão tristemente real, parece agredir-nos a todo o instante. É impossível saber o que aquelas pessoas viveram. Como alguém diz em determinado momento, o dicionário ainda não tem palavras para a dimensão do terror, do medo, da perda e da dor que ali se viveram.

Apesar de todos sabermos em traços muito gerais aquilo que a História registou, o resto é imprevisível. Falo-vos do enredo, do que sucede às personagens. O livro é muito bom também porque nesse aspecto somos levados ao sabor do imprevisível. Quando achamos que tudo rumará numa direcção óbvia, a acção dá uma pirueta. E mesmo quando, no fim, ficamos a ranger os dentes de raiva por certos finais, acabamos por perceber que a vida é mesmo assim: nem sempre os maus levam um tiro no fim. Por vezes vivem até morrerem de velhice e os bons têm de aprender a viver com isso. 

Pelo meio de toda esta história, além da História com «H» grande de que já vos falei, outros temas surgem. Racismo na América da década de sessenta do século passado, segregação, violência sexual, entre outros. Há muito dentro deste livro e vale a pena lê-lo. O autor, sem histórias lamechas, apresenta-nos tempos e realidades que ainda nos dizem muito e que, cada vez mais, vale a pena conhecer. Sabendo nós o reino de doidos em que andamos metidos, é importante não perder de vista o que já foi para que jamais volte a ser. E a verdade é que todos temos agora muito receio de que aquilo que se conquistou se perca para se repetirem os mesmos estúpidos e perigosíssimos erros de outros tempos. 

Podia ter feito um «A Menina Sugere Isto» porque sugiro mesmo, mesmo, mesmo este livro. Espero que este autor continue a escrever, que continue a deixar nos seus livros as realidades que conheceu durante o desempenho da sua função no Conselho da Europa e enquanto conheceu o pior de Auschwitz e o melhor de Oshpitzin. Acredito que haja ainda muitas histórias para contar e que ainda conseguiremos (acho que vamos conseguir sempre) surpreender-nos com o que por ali se viveu. Fiquei agradavelmente surpreendida com a sua escrita tão límpida e despretenciosa (tão diferente de um ou outro autor do momento...). Não é um livro perfeito, mas é muito, muito bom. E é brilhante na sua missão de levar-nos a um lugar passado que tem as duas caras que os loucos lhe deram: a do bem e a do mal.

E agora vou começar a namorar o livro Os Loucos da Rua Mazur, vencedor do Prémio Leya 2017, que ainda nem sequer tenho. Isso e esperar que o autor João Pinto Coelho publique mais umas coisas.

13 comentários:

  1. Já eu li Os Loucos da Rua Mazur, gostei muito, e comprei este na feira sem ter lido muito sobre ele - apenas tendo uma noção de que a opinião geral era muito boa. Mas esta tua opinião dá-me umas ganas de lhe pegar... :)

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    1. Estou com bastante curiosidade para ler esse porque deste gostei mesmo muito. Sinto que aprendi muito e que fiquei a pensar em aspectos da História em que nunca havia pensado. A ver se arranjo uma oportunidade simpática para arranjar Os Loucos da Rua Mazur. :)

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  2. :)
    Em regra, e tal como tu, não ligo a livros premiados, embora tenha gostado muito de "As Primeiras Coisas", de Bruno Vieira Amaral (Prémio Saramago, Namora e etcs). Li antes da atribuição dos prémios e achei bem entregue. Bem como do seu "Aleluia!" Um livro de pouco mais de cem páginas que fala sobre religião, nomeadamente sobre as testemunhas de Jeová.

    Dos livros prémio Leya fujo como o suposto Diabo foge da cruz. Já ouvi falar bem e mal. Não creio que lhe pegue nos próximos longos anos. Sem haver lido este que referes com tão rasgados elogios, atrevo-me a sugerir-te um livro também sobre a Guerra e a vida: "A lebre dos Olhos de Âmbar", de Edmund de Waal. Traça a História da Europa, bem como a história dos seus antepassados, os Ephrussi, e fala de Arte. Viajamos e vivemos muitos anos.
    De Waal é um ilustre ceramista e pelo que se subentende, um excelente leitor também.
    Duas pequenas curiosidades:
    Um dos seus antepassados, o mais "importante", Charles Ephrussi, foi uma das inspirações de Proust para a personagem inesquecível e genial de Charles Swann.
    Aparece também num quadro de Renoir "Le Déjeuner Des Canotier" (O Almoço dos Barqueiros), quadro onde aparecem amigos seus, Ephrussi é o cavalheiro de chapéu alto.
    Já me estou a exceder, mas não resisto a mencionar também "Vida e Destino", de Grossman.

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    1. Haveria muito a dizer sobre alguns prémios.

      O primeiro livro que referes já não me é estranho, embora não o tenha nem tenha lido. Não tinha ideia de que fosse esta a temática. Sabes que até há bem pouco tempo recusava-me a ler sobre este tema. Foi com um Especial História da National Geographic que acabei por ceder e recomeçar a ler sobre a Segunda Guerra Mundial e as suas atrocidades. Aos poucos lerei mais coisas. Tem de ser ao poucos porque estas coisas são verdadeiros murros no estômago (como senti com o “Perguntem a Sarah Gross”). Mas, de facto, é importante ler sobre elas. Foram seres humanos a liquidar outros baseados em ideologias loucas e isso, por muito que doa, não se pode esquecer. Ouvir as vozes de quem tem algo a contar é o mínimo que podemos fazer.

      Gostei do pormenor de uma figura real ter inspirado uma personagem de Proust e um pintor. A vida está tão (ou mais) na arte que a arte na vida. É curioso: não imaginava. Como sempre, agradeço muito as sugestões. :)

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    2. Olá :)

      O livro de de Waal foi dos que mais gostei de ler em 2016. A pretexto de uma herança de 264 netsuke, figurinhas muito expressivas, trabalho minucioso e realista, é-nos contada a história da sua família, os Ephrussi, judeus originários de Odessa que se instalam em Paris e em Viena no século XIX. Charles Ephrussi serve de inspiração a Proust como modelo do esteta Swann em "Em Busca do Tempo Perdido", como já anteriormente referi. Apaixonado pelo coleccionismo, Charles compra os netsuke quando as lacas e os objectos japoneses fazem furor nos salões parisienses.
      Muito mais tarde o Caso Dreyfus dá-se em França e a sociedade é dividida entre dreyfusards e antidreyfusards. Por isso, também, Charles desinteressa-se da colecção que chegará um dia às mãos de de Waal.
      Para além de um apaixonante livro de memórias no qual acedemos à vida de pessoas magníficas, é-nos também contada a tumultuosa história de uma Europa novecentista que soçobra no século XX. O livro é bastante mais do que aqui escrevi.

      Para mim, e somos todos diferentes, felizmente, ler livros sobre ditaduras, purgas, misérias verdadeiras, é importante. Se não soubermos o que aconteceu: como os primeiros passos foram dados, a razão de haver acontecido, o que permitiu que, as estratégias, talvez nunca saibamos reconhecer o mesmo no presente. É a tal história: conhecimento é poder. Mas entendo perfeitamente o teu lado.
      Dois livros de que gostei muito, muito sobre o tema e que demonstram com humor a imbecilidade destes regimes foram "O Caso do Camarada Tulaev", de Serge. Um livro sobre purgas muito divertido. O outro "O Bom Soldado Švejk", do checo Hašek.

      Proust tem imensos detalhes destes: Anatole France serviu de inspiração à personagem de Bergotte (não sai ileso), Monet à de Elstir (maravilhoso), Sarah Bernhardt à La Berma, Robert de Montesquieu - que foi também o decalque para "Ao Arrepio", de Huysmans (este livro é o tal livrinho amarelo que Dorian, de Wilde, lê) e "Monsieur de Phocas", de Lorrain - à de Charlus(não o Montesquieu das "Cartas Persas" e ensaios filosóficos). Os médicos são quase todos cínicos, baseados nos familiares, ele hiponcondríaco. Na sua obra temos um que vende receitas para obter croissants para o pequeno-almoço.

      Num aspecto, Proust é como Wagner, creio: cada um criou um mundo famoso e identificável, O Anel dos Nibelungos (sete horas) - de um lado e "Em Busca do Tempo Perdido" do outro (sete volumes). Anos e anos de trabalho. Ambos conhecidos pelo nome. O último ficará eternamente ligado à memória involuntária.

      Existem mais erros do que os que são habituais no que escrevo, mas estou a pé desde quatro e meia da manhã ao pé de uma mãe égua. As mães mandam, as humanas preferem estar em pé, na cama, em piscinas insufláveis ou em piscinas verdadeiras. A minha andou até a um lago artificial, e aí ficou.

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    3. Marta, o meu comentário ao teu comentário é um aplauso. E um ar estupidamente boquiaberto. Eu, que leio muito, acho que nem que viva milhares de anos conseguirei acompanhar as tuas leituras. São tantas sugestões tão boas e tão pensadas que é impossível não ficar espantado. Como consegues, pelo meio de tanto trabalho, ler tanto e sempre de qualidade?

      Cá vou recolhendo as tuas sugestões na esperança de chegar pelo menos a metade delas. Já me convenceste com o do Waal. Já o tinha visto muitas vezes à espera e nunca lhe tinha prestado atenção. Parece que da próxima vez será diferente. A Proust tenho de dar nova oportunidade. Lê-lo por obrigação na Faculdade foi uma desgraça. Agora, uns quinze anos depois, talvez valha a pena vê-lo com outros olhos. Para já só tenho o primeiro volume do “Em Busca do Tempo Perdido”, mas dá para começar.

      Tenho o “O Bom Soldado Svejk” a aguardar. Ontem comecei os contis completos de Mark Twain. De vez em quando sinto a necessidade de regressar ao humor e à ironia deste autor (e de outros que também tenham cultivado tais atributos na sua escrita). E Twain, para mim, é mesmo dos melhores.

      Como se costuma dizer, que a égua “tenha uma hora pequenita”. Deve ser uma coisa magnífica presenciar o momento do nascimento. Há trabalhos fenomenais e admiráveis. 🙂

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    4. Ps.: Textos não revistos e uma escrita “inteligente” no telemóvel dão nisto. Chora, Camões, chora... Quando falo sobre o livro de Waal, quero dizer que já o vi muitas vezes à venda (mas escrevi “à espera”). Enfim. Haverá mais disparates, mas agora tenho sono. Sem égua para me fazer ficar acordada, mas com felinos que querem brincar de madrugada. Comigo.

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    5. :)
      És muito gentil.
      Gostava de ser essa pessoa, mas não creio que seja. Obrigada.
      (Agora que cheguei a casa e tenho a sous-vide a tratar dos bifes de atum para o jantar, posso responder-te :) )
      Até hoje li muito pouco de Twain. Tenho alguns em espera. É sempre bom saber o que lês, obrigada.

      Comecei há duas semanas, mais ou menos, a autobiografia de Grass "Descascando a Cebola" - Autobiografia 1939 - 1959. A vergonha que sente de ter participado voluntariamente na Guerra enquanto adolescente. Como adulto, olha para trás e tenta analisar o que viu e sentiu. A leitura não estava a fluir e resolvi intercalar com outros livros. Não posso manchar um livro porque não estou para aí virada. Então, li o quarto livro de contos do meu muito, muito caro Tchékhov, "Discurso sobre o filho-da-puta" (um pequeno ensaio mítico), de Pimenta e "Vidas Imaginárias", de Schwoob.
      Estou agora a meio de Grass e a gostar. Tenciono começar hoje, caso não adormeça no ar antes de pousar a cabeça na almofada, "The Art of Joy", de Goliarda Sapienza. Perfeitamente desconhecida para mim, nunca havia lido ou ouvido o seu nome, mas o primeiro parágrafo, mais do que a sinopse, convenceu-me. Depois li a biografia e nada mais pude fazer. Estudou Artes Dramáticas em Roma e trabalhou sob a direcção de Visconti! Para mim, ultra admiradora de Visconti, não pude resistir. Já te massacrei com o livro e filme "O Leopardo". Esse e "Morte em Veneza", de Mann são os mais conhecidos.
      Visconti foi maravilhoso em todos os filmes.

      Duas coisas:
      Sabes que nunca li o teu Quixote, mas "Jacques o Fatalista", de Diderot, nas palavras de Kundera: "A verdadeira grandeza deste romance só pode ser avaliada quando equiparado ao "Dom Quixote" ou ao "Ulisses" ". Nunca li nenhum dos dois, mas achei que gostasses de saber.
      Lembrei-me de ti ao arrumar as estantes :)

      A Fundação Francisco Manuel dos Santos tem uma campanha para quem subscrever e convidar amigos. Portanto, caso não estejas já registada, regista-te, mesmo que já estejas, convida amigos. Ambos recebem um livro. Até 15 de Setembro.
      Li "Malditos- histórias de homens e de lobos", muito comovente e, embora, esperando que não, acho que os lobos seguirão o caminho dos linces, "Aleluia!" e "Trás-os Montes, o Nordeste".
      O meu irmão em Sarajevo, de férias, soube desta campanha. Eu, por cá, não fazia ideia.

      A Clara, não teve uma hora pequenina, mas tudo acabou bem. Eu fiquei com os pés assados dentro de galochas e cansada, mas, sobretudo esfuziantemente feliz. Comovo-me sempre com os partos.
      Agora é esperar pelas férias.
      Mais dois dias :)
      Beijinhos.

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    6. O cansaço dá nisto. Esqueci-me do link da campanha.
      https://www.ffms.pt/

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    7. Estes comentarios sao de babar!!!

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    8. Os comentadores do Quixotadas ensinam-nos tanto que acho que é mesmo o que de melhor este blogue tem. 🙂

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  3. Apercebo-me cada vez mais que as pessoas na net são o que são na vida real. Más continuam más, mentirosas continuam mentirosas, simpáticas continuam simpáticas.
    Estou farta de me rir com aldrabices que apanho aqui e sempre da mesma blogger. Até comentários aqui deixados passam por ser dela em comentários de outros blogs.
    Nunca digo nada mas hoje não aguentei. É irritante achar que se faz toda a gente de parvos.
    Essa blogger comenta em tudo o que é blog, face e instas e como mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo, estou sempre a apanhá-la.
    De 2ª licenciatura que estava a fazer passou a mestrado e afinal é pós-graduação, aos comentários com o namorado que parecem ser o seu alter-ego só para falar de coisas que não encaixam no post, que casal estranho se precisam daquela caixa de comentários para pedirem livros emprestados e perguntar se gostaram, se se lembram quando foram a a x e a z lugar.
    A ti disse que nunca leu este livro mas em 10 de maio diz que o leu no insta de uma pessoa.
    As aldrabices são tantas que até se esquece do que escreveu noutros sítios... Ou então dança consoante a música.
    É possível que não queira publicar isto mas ao menos desabafei e talvez fique mais alerta.

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    1. Caríssimo anónimo,

      Recebi isto no meu e-mail porque subscrevo os comentários de todos os blogs que comento, para poder ler as respostas que me dirigirem. Não pude deixar de responder, não obstante o absurdo. Se anda assim tão atento/obcecado à minha vida - que não parece estar - saberá que eu nunca quis fazer uma segunda licenciatura, mas um segundo mestrado. Após ter passado algum tempo a trabalhar no estrangeiro, decidi ficar pela pós-graduação - que quer dizer que fiz apenas a parte lectiva e optei por não fazer a tese. Mudei de ideias a meio. Trabalho a tempo inteiro há cinco anos e fazer uma segunda licenciatura nunca foi uma opção.
      Li "os loucos da rua mazur", já este (novamente, se andar atento ao meu blog), poderá ver que comprei na feira do livro de lisboa, recentemente, e, portanto, nunca o li. No próprio post em que escrevo sobre a obra mais recente do autor, verá que expresso vontade em o ler. Lamento que tenha ido procurar posts de 10 de maio em instagrams alheios para ver se eu dizia o contrário.
      A minha relação com o meu namorado e a forma como ele decide comentar/apoiar o meu blog em nada lhe diz respeito.
      De resto não percebo metade das "acusações" (comentários que passam por meus?), mas sinta-se livre de deixar futuros comentários, críticas e apontamentos onde devem ser deixados - na minha própria página. Preferencialmente, com nome.
      Muito obrigada.


      (e peço desculpa, Quixotadas, mas não consigo deixar absurdos destes de lado)

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